O relatório do Fundo Monetário Internacional, que foi elaborado antes de serem declarados inconstitucionais os cortes dos subsídios de Natal da Função Pública e dos pensionistas, defende que chegou a altura de desapertar um pouco o “cinto” dos portugueses, determinando que dois terços das medidas de austeridade em 2013 terão de estar no lado da despesa, ou seja, está na altura do Estado começar a cortar nos seus próprios gastos.
Os riscos de continuar a apostar na austeridade são ali sublinhados, apresentando-se como alternativa uma nova estratégia para a Administração Pública que fala em “contenção” e “racionalização” do lado da despesa, nomeadamente, na administração central, na saúde e nas empresas públicas. (terá sido um favorzinho ao Paulo Portas que deixou muita gente zangada com o discurso na Madeira?)
No documento, fica patente que a troika e o Estado concordam que não será necessário introduzir mais medidas de austeridade para cumprir as metas de 2012, tanto mais que veto do Tribunal Constitucional ao corte dos subsídios só se aplica a partir de 2013.rr