quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O regresso de Cavaco em dez frases...

O tema era “Os Jovens e a Política: Quando a realidade tira o tapete à ideologia”

mas a “aula” falou de muitas outras coisas.



 "[Tenham] a força e a coragem para combaterem o regresso da censura.”
 "Apesar das coisas estranhas que têm acontecido no nosso país, apesar de vozes credíveis afirmarem que censura está de volta, estou convencido que portugueses ainda valorizam a verdade, a honestidade, a competência, o trabalho sério, a dedicação a servirem as populações.”
“[As [fake news] Não existem apenas na América do senhor Trump, mas também na generalidade dos países europeus e em Portugal.”
 "[Na zona euro] A realidade acaba sempre por derrotar a ideologia"
“[[A realidade] Tem uma tal força contra a retórica dos que, no governo, querem realizar a revolução socialista, que eles acabam por perder o pio ou fingem apenas que piam, mas são pios que não têm qualquer realidade e reflectem meras jogadas partidárias".
"Se perguntassem aos partidos da coligação que defendem a saída de Portugal do euro para onde iria Portugal se saísse dessa galáxia, talvez respondessem para a galáxia onde se encontra agora a Venezuela.”
“[[O Estado português] Não é só indisciplinado [economicamente], mas também demasiado gordo".
"Na política não há certezas, ninguém deve esperar da política gratidão ou reconhecimento”
 “Se o poder político conseguir controlar estas entidades [como o Conselho das Finanças Públicas] o retrocesso na transparência da nossa democracia será muito significativo.”
 "[Emmanuel Macron] Contrasta com a verborreia frenética da maioria dos políticos europeus dos nossos dias, ainda que não digam nada de relevante.”

sábado, 26 de agosto de 2017

palpiteiro!

o que é que a “tenebrosa máquina de propaganda do partido socialista” e a avençada imprensa a que temos direito nos estará a ocultar!
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Este “embandeirar em arco do “Runaldu” esconde que estava previsto que no trimestre anterior –e assim tem acontecido todos os anos- que o défice se agravaria por efeito dos reembolsos do IRS.
Ora, passado aquele ciclo, o mês de Julho viu uma melhoria de mais de mil milhões em relação ao homologo do ano passado devido ao enorme contributo que o Daesh e a AlQuaeda deram ao incremento do Turismo e à vinda para o nosso País de investimentos destinados às antigas rotas turísticas do Norte de África e Próximo Oriente onde eles actuam. Acrescente-se também, na Europa, a queda do PS Francês e sua politica financeira e a da incógnita fiscal de Macron, bem como as complicações politico-sociais que levaram a uma espantosa fuga de capitais do Brasil para o nosso País.
Mas (há sempre um mas!) é também previsivel que até ao fim do ano para contrariar esta “aclamada” descida da dívida, já não haverão
as receitas do perdão fiscal do Plano Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES), nem o Pagamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) que tanto ajudaram a “engenharia financeira” do Orçamento de 2016.
Se juntarmos a isto o 13º mês, pago por inteiro aos funcionários públicos, pensionistas e reformados, somado á óbvia fraca receita (IMI, IRS, IRC) e à enorme despesa de tudo quanto se relaciona com os Fogos Florestais do Verão, parece que estaremos no centro de uma perfeita tempestade...

Mas como as “as vacas voam”, o “Runaldu das Financas” é um mestre ilusionista e não nos deixam aceder a muitos dos dados da economia e finanças da geringonça, até admito estar errado e ter que voltar a ouvir o “presidente do conselho” alcunhar-me de “palpiteiro”! 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

o Estado de Calamidade...

[...] ao mesmo tempo que se serve do «Expresso» para anunciar um «pacto futuro com a «direita», a entrevista destina-se sobretudo a tentar mudar o sentido de uma conjuntura política adversa a António Costa. A declaração de calamidade começa, aliás, por reforçar os meios autoritários do Estado a fim de apertar ainda mais o controle sobre a comunicação como de resto já sucede por intermédio de uma funcionária que debita o relatório diário do governo sobre os fogos. 
[...] O PS e os seus porta-vozes na comunicação social começaram por omitir que a recuperação da economia portuguesa já estava em curso quando a «geringonça» assumiu o poder; depois, atribuíram-na às chamadas reversões; a seguir, à criação de emprego estatal e para-estatal; mais recentemente, ao aumento do turismo e, ultimamente, às exportações, as quais se devem, na realidade, ao crescimento de países economicamente austeros como a Espanha.
enquanto isso

[...] a propaganda governamental omite, obviamente, o facto estrutural de o aumento das exportações de baixo valor acrescentado, como sempre foi o caso do turismo e não só, fazer crescer ainda mais as importações, mantendo-se portanto os défices seculares da balança comercial e financeira. Continua, pois, tudo como dantes: o país está entregue ao clientelismo governamental, dependente do crescimento externo e condenado à dívida. Esta é que é a calamidade que explica as outras calamidades. ( in o “Estado de calamidade” por Manuel Villaverde Cabral )

sábado, 19 de agosto de 2017

o fim da Banca!

um artigo muito interessante!
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“Após centenas de anos o modelo de negócios dos bancos está a mudar. Antes os bancos faziam intermediação financeira, ou seja, pagavam juros aos aforradores para estes entregarem as suas poupanças e convertiam estes fundos em empréstimos às empresas e aos Estados, empréstimos esses remunerados a taxas mais elevadas que as pagas aos depositantes. [...]
Hoje a intermediação financeira é cada vez menos importante para os bancos e está a ser substituída pela prestação de serviços de pagamento. Os depositantes deixaram de ser fontes de custos e passaram a ser fontes de receita. [...]
A curto e médio prazo a banca no seu conjunto tem algum poder de monopólio sobre os depositantes. Estes poderiam evitar as comissões bancárias e os juros negativos “de facto” se passassem a usar apenas circulação, notas e moedas. Contudo, por razões de conveniência e de segurança já não é possível funcionar com o dinheiro debaixo do colchão. Por outro lado, não deverá ser possível convencer os empregadores ou a Segurança Social a entregar os salários ou as pensões em envelopes com notas. Acresce que os Estados querem terminar com as notas e moedas e universalizar os pagamentos com registo eletrónico para evitar a fuga aos impostos, pelo que o uso de circulação, sobretudo para pagamentos elevados, é cada vez mais difícil. [...]”

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

no final, se aceitar este atira-culpas político, fará também ele parte do logro...

Faltam três dias para se completarem dois meses desde o incêndio de Pedrógão Grande. Sobre o que correu mal, há versões em abundância, mas certezas ainda só uma prevalece: o governo tudo fará para se descartar de responsabilidades, tanto operacionais como políticas.
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...a 19 de Junho, dois dias após o incêndio de Pedrógão Grande, a equipa do ministério da Administração Interna informou que a rede SIRESP estava “a funcionar com toda a normalidade” e que “em nenhum momento esteve inoperacional”. 
...a 6 de Julho, quase três semanas depois e com muitas averiguações feitas aos serviços da Administração Interna, o governo assegurou que as falhas no SIRESP eram de “menor relevância”.
...a 17 de Julho, António Costa abria a porta ao reconhecimento de que o SIRESP havia deixado de funcionar num momento crítico, afirmando que “temos de ter uma rede que funcione em todas as circunstâncias – é inadmissível que não funcione, em particular as redes de comunicações de emergência”.
...a 28 de Julho, a ministra da Administração Interna assume a existência de um “problema efectivo” no SIRESP, mas deixa o aviso aos seus críticos: “é uma falta de sentido de Estado estar sempre a lançar lama sobre o SIRESP e a desestabilizar”.
...a 9 de Agosto, a ministra da Administração Interna fez saber que pediu à Secretaria Geral do seu ministério que iniciasse “os procedimentos necessários à efectivação da aplicação de penalidades à SIRESP SA por falhas de disponibilidade e por falhas de desempenho, em cumprimento do contrato, bem como da sua responsabilidade enquanto operadora, pelo funcionamento do sistema”. 
...a 12 de Agosto, surja a quinta versão dos factos, desta vez pela boca do primeiro-ministro, para que fique definitiva: o SIRESP “colapsou” mesmo e a responsabilidade afinal é da PT.
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Sim, Marcelo vincou que há que apurar tudo, mas mesmo tudo sobre o que aconteceu em Pedrógão Grande. Mas se, no final, aceitar este atira-culpas político, fará também ele parte do logro.

sábado, 5 de agosto de 2017

Não é austeridade ? Chamem-lhe o que quiserem!

... depois do mínimo histórico de 2016 esperava-se que em 2017 o investimento público arrancasse mas passado meio ano não é isso que se verifica. As cativações falam mais alto e o controlo do défice exige-o.
[...] diz a UTAO na análise por programa orçamental:
para "o baixo grau de execução do investimento", "destaca-se o contributo dos programas orçamentais Saúde e Ensino Básico e Secundário"
enquanto por entidades, " para o baixo grau de execução os principais contributos advêm do Metropolitano de Lisboa, Programas Polis e Metro do Porto" (adapt. de “O investimento público não arranca” por Luis Moreira)
...

A UTAO mostra que as transferências de capital para fora das administrações públicas (que juntamente com o investimento público explicam a despesa total de capital) estão a cair 1,5%, o que compara com uma meta de crescimento anual de 12,8%. Em termos de grau de execução, a unidade nota que até Junho se fixou "em 46,5%, sendo 5,7 pontos percentuais inferior ao verificado no período homólogo", para o que "contribuiu essencialmente o IAPMEI", que cortou as transferências em 88%, quatro vezes mais que a queda de 22% prevista no Orçamento para o total do ano. (in “Já lá vai meio ano e não há forma do investimento público disparar” por Rui Peres Jorge)