sexta-feira, 27 de junho de 2014

800 anos em português


En'o nome de Deus. Eu rei don Afonso pela gracia de Deus rei de Portugal, seendo sano e saluo, temëte o dia de mia morte, a saude de mia alma e a proe de mia molier raina dona Orraca e de me(us) filios e de me(us) uassalos e de todo meu reino fiz mia mãda p(er) q(ue) depos mia morte mia molier e me(us) filios e meu reino e me(us) uassalos e todas aq(ue)las cousas q(ue) De(us) mi deu en poder sten en paz e en folgãcia. P(ri)meiram(en)te mãdo q(ue) meu filio infante don Sancho q(ue) ei da raina dona Orraca agia meu reino enteg(ra)m(en)te e en paz.
E ssi este for morto sen semmel, o maior filio q(ue) ouuer da raina dona Orraca agia o reino entegram(en)te e en paz. E ssi filio barõ nõ ouuermos, a maior filia q(ue) ouuuermos agia'o
...

Em nome de Deus. Eu, rei D. Afonso, pela graça de Deus rei de Portugal estando são e salvo, temendo o dia da minha morte, para a salvação da minha alma e para proveito de minha mulher, a rainha D. Orraca e de meus filhos e de meus vassalos e de todo o meu reino, fiz meu testamento para que depois de minha morte, minha mulher e meus filhos e meu reino e meus vassalos e todas aquelas coisas que Deus me deu para governar estejam em paz e em tranquilidade.
Primeiramente mando que meu filho, infante D. Sancho, que tenho da rainha D. Orraca assuma o meu reino inteiramente e em paz. E se este morrer sem deixar descendentes, filho mais velho que houver da rainha D. Orraca tenha o meu reino inteiramente e em paz.
E se não tivermos filho homem, a filha mais velha que tivermos, assuma o reino. E se no tempo da minha morte, meu filho ou minha filha que deve reinar não tiver idade, esteja o reino em poder da rainha, sua mãe.

E meu reino siga em poder da rainha e de meus vassalos até quando cheguem à idade. E se eu morrer, rogo ao papa, como padre e senhor e beijo a terra ante seus pés para que ele receba sob sua guarda e sob sua protecão a rainha e meus filhos e meu reino. E se eu e a rainha morrermos, rogo e peço que meus filhos e o reino sigam sob sua protecção.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Um dia, quando crescerem, teremos jornalistas!

Só não vão ser noticia notícia na abertura das tv’s porque o Mundial dá “mais audiências”.
O que me espanta é que os “melhores jornalistas” da “melhor imprensa” do mundo e arredores não tenham aprendido uma máxima bem portuguesa: «eu gosto de dizer mal “deles”, mas não gosto que “outros” me venham dizer mal “deles”»
É certo que nas Escolas que formam “a geração (de jornalistas) mais bem preparada de sempre se aprende que “uma boa notícia é uma má noticia” mas tantas “boas notícias” conseguiram afastar os leitores da única coisa que ainda lhes minorava a iliteracia.
Hoje apenas o tablóide Correio da Manha e o “diário do reviralho”, o 1º de Janeiro, conseguem tiragens que se aproximam dos Metro, dos Destak e, claro, dos periódicos do futebol.
…mas ainda não perdi a esperança:
Um dia, quando crescerem, serão jornalistas!   

Este pedaço de texto de José Manuel Fernandes, Jornalista, é revelador:
Há em Portugal uma espécie de regra não escrita do jornalismo de sentido único de acordo com a qual basta meia dúzia de manifestantes juntarem-se nas imediações de qualquer acto oficial para se lhes dar a mesma, porventura até mais cobertura do que ao evento que está a decorrer.
Os sindicalistas, em especial os sindicalistas da CGTP, sabem que assim é e, apesar de muitas vezes serem os mesmos e só terem levado as suas faixas de um “protesto” para outro, já sabem que têm garantida uma generosa cobertura mediática.
…na Guarda, durante as cerimónias do 10 de Junho, era isso que estava de novo a acontecer até que o Presidente da República se sentiu mal e teve de ser socorrido no local.
Os manifestantes, onde avultava a figura de Mário Nogueira, ignoraram o facto e continuaram aos gritos, só se calando depois de o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, general Pina Monteiro, ter subido à tribuna para pedir “respeito por Portugal e pelas Forças Armadas”
E amainaram porque, nessa altura, a população presente fez sentir aos manifestantes que já tinham ido além do tolerável.
Mesmo assim, ao olhar hoje para as bancas de jornais, vemos que houve quem entendesse que se justificava chamar à primeira página a existência dos protestos, apenas porque existiram.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Ainda me espanto com alguma “ignorância institucional”!


A criação de divida aos “credores oficiais” teve como consequência imediata o resgate e a тройка que ainda não nos deixaram e, embalados no canto da sereia, nos empobreceram.
Isto é, três anos depois o partido do quase ex-secretário-geral, talvez embalado pela “estrondosa vitória”, não mudou o conceito que tem de economia e seguramente não faz ideia do que são finanças num país que não pode emitir moeda.
Se para além de lhes comentarem notícias avulso os sábios assessores de Martins Seguro lessem a imprensa a que temos direito saberiam que os “credores oficiais” – a Banca é dos principais – ainda não recuperou da quase falência que o anterior governo lhe provocou.
Pior, uma renegociação decerto seria aceite e de imediato começada a pagar pelos depositantes com descidas de taxas em depósitos e subida de comissões.

Mas aposto que Martins Seguro se aconselhou com o Conselho da Revolução, perdão, com o “tribunal” Constitucional… 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

6 - 6 - 1944

Na manhã do dia D, a tropas aliadas, contando com quase 3 milhões de elementos, desembarcaram nas praias da Normandia para a dar início à investida militar que levaria à libertação da Europa do poder Nazi.

e passaram 70 anos


6 - 6 - 1944

Na manhã do dia D, a tropas aliadas, desembarcaram nas praias da Normandia para a dar início à investida militar que levaria à libertação da Europa do poder Nazi.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Cheira a Lisboa… e vai haver greve no Santo António!

O problema agravou-se depois da concretização da reforma administrativa em que muitos trabalhadores do departamento de Higiene Urbana foram transferidos da Câmara para as juntas de freguesias,
O presidente da autarquia, António Costa, já havia admitido que “ao fazer-se a transferência de meios para as juntas, o que se pôde constatar foi que grande parte dos meios não era utilizada na limpeza e na varredura, mas antes estava a ser usada para outras funções, nomeadamente nas recolhas junto aos ecopontos”.
Por outro lado, o próprio vereador reconheceu em reunião da Assembleia Municipal que tem havido um aumento das faltas injustificadas das pessoas envolvidas na recolha do lixo, que são os trabalhadores do departamento “com mais anos de serviço”, 
Vítor Reis, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), já havia alertado em reunião de Câmara que “180 [trabalhadores] não estão aptos” para a tarefa. E muitos estarão prestes a reformar-se,

 (in observador)

terça-feira, 3 de junho de 2014

apoia o António…

Parece que a página foi retirada, ou mandada retirar, por alguém de bom senso. O problema é que tudo quanto vai para a net, não desaparece, é perene.
Fica o endereço:

Reconhecendo que o ponto de partida possa parecer falacioso por aparentar representar uma redução hitlariana, a verdade é que a acção de um homem com poder que vê o seu mundo ruir pelo princípio democrático da discussão, é tão perigosa quanto destrutiva. Se Hitler ameaçava levar o mundo todo com ele para o abismo caso a Alemanha tombasse, assim parece agir António José Seguro do seu ninho de águia, lugar supremo da abstração e da desrazão. O Partido Socialista, pilar fundamental da manutenção e aprofundamento da democracia no nosso país, encontra-se hoje nas garras de um homem perdido. Misto de Cavaleiro da Triste Figura, rodeado dos seus Sanchos Panças, qual D. Quixote a lutar contra moinhos de vento, e de autoritária índole a preferir um Partido na Clandestinidade três vezes bloqueado. Agindo em nome do que o cidadão espera de uma política renovada, fecha os olhos ao mais elementar dos factos: o país está com António Costa e exige-o. E exige-o não porque, ao contrário do que João Soares afirmou, tenhamos em nós a esperança sebastianista mas porque ainda somos autónomos para decidir quem, de entre nós, ser perfila o melhor para servir a República.

Este pedaço de texto publicado é bem explicativo de quem quer ser “meu governo”. 
Está tudo doido! Se este é o registo de como se tratam entre si, percebo agora o incrível modo de tratamento que têm vindo a fazer aos “outros”.
Este pedaço de texto publicado é bem explicativo de quem quer ser “meu governo”. 

Não! Obrigado!