quarta-feira, 20 de maio de 2015

as medidas à medida do PS

1 – Defender o SNS e promover a saúde pública
2 – Combater o insucesso escolar e garantir os 12 anos de escolaridade

3 – Investir na educação de adultos e na formação ao longo da vida;
4 – Promover o ensino superior diversificado e de qualidade para o mundo global –
Promete um pacto para o ensino superior. “Mais do que ter mais dinheiro, é saber com o que se conta num horizonte de anos e não de meses”
5 – Reagir ao défice demográfico
Medida para responder a este desafio: “Criar um visto para a procura de emprego” para atrair imigrantes e promover o reconhecimento de qualificações académicas e profissionais

6 – Uma nova geração de políticas de habitação
Medida: Criar bolsas de habitação através de 10% do Fundo da Segurança Social, uma das primeiras medidas apresentadas por António Costa. http://observador.pt/2015/02/18/ps-quer-seguranca-social-comprar-casas-devolutas/
7. Promover a qualidade de vida
Medida: Aproveitar pavilhões, espaços e campos desportivos para que um cidadão o possa reservar.
8. Mar: uma aposta de futuro
Medida: Instalar nos Açores um Centro de Observação Oceânica.
9. Afirmar o interior como centralidade no mundo ibérico
Medida: Harmonizar títulos académicos que permitam partilhar recursos entre Portugal e Espanha. Criar incentivo à mobilidade de docentes, alunos e funcionários.

10. Preservar o ambiente
Medida: PS quer um Simplex ambiental – O objetivo é, lê-se no projeto de programa, eliminar licenças, autorizações e exigências burocráticas e investindo na fiscalização e na inspeção.
11. Valorizar a atividade agrícola e o espaço rural
Medida: Pagar os fundos provenientes da Política Agrícola Comum “a tempo e horas sem devoluções”
12. Liderar a transição energética
Medida: Afirmar Portugal como fornecedor energético da Europa. PS defende a produção de mais energia solar para exportação através do terminal GNL de Sines.
13. Investir na cultura, democratizar o acesso
Medida: Lançamento de um programa de investimento na recuperação de património histórico.
14. Reforçar o investimento em ciência e tecnologia, democratizando a inovação
Medida: Reforçar os instrumentos de internacionalização do Sistema Científico Público
15. Prioridade à inovação e internacionalização das empresas
Medida: Contratos para a Inovação empresarial para incentivar investimentos orientados para a produção de novos produtos ou serviços inovadores.
16. Garantir a sustentabilidade da Segurança Social.
Medida: Neste ponto, o PS diz que vai levar a concertação social uma proposta de “diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social” que se divide em:
a) no IRC social
b) Novo imposto sobre as heranças de valor elevado;
c) taxa contributiva para a Segurança Social de penalização pela rotação excessiva de trabalhadores
Há no entanto uma alteração para o cenário macroeconómico. Agora o PS diz que “à medida que se concretizem e consolidem as fontes de financiamento alternativas, admite-se uma redução da taxa contributiva para a Segurança Social a cargo das empresas”

Nesta nova medida caiu a itenção de descer provisoriamente a TSU para os trabalhadores que teria consequências nas pensões futuras.
17. Melhor justiça fiscal
Medida: Permitir que pessoas singulares e empresas com rendimentos baixam possam compensar créditos sobre o Estado com dívidas através de uma conta-corrente entre o Estado  o contribuinte.
18. Combater a pobreza
Medidas: Aumento do abono de família, abono pré-natal e majoração para famílias monoparentais beneficiárias destes abonos, para combate à pobreza; Reposição do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos.
19. Construir uma sociedade mais igual
Medida: Exigir um equilíbrio de género no patamar dos 33%.
20. Promover a língua portuguesa e cidadania lusófona.
Medida: Criação da “Carta do cidadão lusófono”
21. Continuar Portugal nas comunidades portuguesas

Medida: Permitir a prática de actos consulares através da internet.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Porque o resgate já passou há um ano,

o Nuno Martins do Observador assinalou os seus trinta e sete longos meses no calendário, percorrendo a história mais sofrida dos últimos anos do país. Num notável acesso de paciência, deixou-nos também um documento histórico: os 75 documentos da troika, numa só notícia - incluindo o pouco conhecido contrato assinado por Portugal com as três instituições. 

sábado, 16 de maio de 2015

Esta semana saíram dois estudos de opinião para as “legislativas do Outono”...

O “impressionante” falhanço das sondagens não será técnico, mas político. E político porquê? Porque o que escondeu o voto conservador não foi um erro dos “pollsters”, mas sim o facto de o ambiente agressivamente “politicamente correcto” dominante na comunicação social, nas universidades e nas redes sociais, as chamadas chattering classes”, faz com que “muitos eleitores mais conservadores não queiram revelar as suas intenções de voto e depois, nas urnas, no recato da cabine de voto, exercem a sua escolha livre.

(talvez o maior “erro comum” destes estudos esteja, quando na apresentação de resultados, se toma o “não sabe/não respondo” como abstenção, quando na realidade é um ocultar de intenções.

Existe uma fórmula para se corrigir este erro mas é pouco conhecida e ainda menos aplicada porque, na maioria dos casos, há que satisfazer o cliente!)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

…para a imagem da comunicação “social” a que temos direito:

Nos jornais reina a hipocrisia e quando a realidade não é compatível com a ideologia omite-se. Mete-se em letras pequeninas. Arruma-se num cantinho. Faz-se quase de conta que afinal não aconteceu nada

A incapacidade de noticiar o que não cabe no enquadramento ideológico que os rege é uma característica que tem acompanhado os jornalistas portugueses na democracia. Livres do exame prévio é como se continuassem previamente a ter a certeza do que vai acontecer, do que devem escrever e dizer. (por Helena Matos no Observador)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

… noticias do economia no 13 de Maio!

O Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 1,4% em volume no 1º trimestre de 2015, após a variação de 0,6% no 4º trimestre de 2014, de acordo com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais.

Comparativamente com o trimestre anterior, o PIB aumentou 0,4% em termos reais no 1º trimestre (variação idêntica à do trimestre precedente), refletindo o contributo positivo da procura interna. INE.pt

domingo, 10 de maio de 2015

…imagem da comunicação “social” a que temos direito:

 “Os resultados das eleições britânicas trouxeram à tona as ideias pré-concebidas de muitos jornalistas e comentadores na comunicação social portuguesa. Em alguns casos chegou-se mesmo ao ridículo, com directos inflamados, nas televisões, de correspondentes a quem só faltou lamentar que os britânicos pudessem votar. O mesmo se passou com muitos comentadores que, nos jornais, parecem prezar mais a sua concepção de "Europa" do que a própria Democracia e que, podemos supor, viveriam bem sem eleições e referendos. Os artigos de análise também alinharam, salvo raras excepções, pelo mesmo discurso: os britânicos, coitadinhos, votaram contra a "Europa" e a favor da "austeridade”. (José Manuel Fernandes no Observador)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

...da imprensa a que temos direito!

“Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa”

Num país com uma real cultura de liberdade,os insultos via SMS que António Costa dirigiu ao jornalista João Vieira Pereira, director-adjunto do jornal Expresso, teriam merecido reprovação generalizada e embaraçado o líder socialista. Mas, como estamos em Portugal e como se trata de António Costa, foi apenas nota de rodapé durante um feriado. Imagine o que seria se o mesmo tivesse acontecido nos EUA, no Reino Unido ou em França. Ou, tão simplesmente, o que se diria caso o autor do SMS fosse Passos Coelho ou Miguel Relvas, em vez de António Costa. Quando a nossa disponibilidade para condenar ataques à liberdade de imprensa é selectiva, algo está mal. E é por isso que não é fácil desempatar e decidir o que é mais grave neste episódio: se o próprio SMS de António Costa ou se o facto de ninguém se ter realmente importado.

É, no entanto, inquietante que quase toda a gente tenha preferido olhar para o lado, enterrando o episódio no baú dos fait-divers. Na comunicação social, por exemplo, o caso despertou apenas breves referências, o que é difícil de compreender num sector como o jornalístico, que sempre interpretou intimidações a um dos seus como um ataque generalizado ao jornalismo e à liberdade de imprensa – nomeadamente quando os ataques vêm de figuras políticas. Mais incompreensível ainda é a ausência de reacção oficial do Expresso, que optou por deixar ao seu director-adjunto o ónus de denunciar o caso na sua coluna de opinião, sem o apoio institucional de uma tomada de posição do jornal. (artigo de Opinião de Alexandre Homem Cristo no Observador.pt )