segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O que podemos esperar (e devemos recear) de 2019?

Turbulência em Espanha. Umas eleições europeias imprevisíveis num tempo pós-Merkel. A novidade de uma América dividida entre Trump e uma oposição democrata. E o sempre presente desafio das migrações.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Só vendo!


é fim do ano cá estou a repetir a pergunta:
- atribuir edifícios a preços acessíveis a residentes com dificuldades financeiras?
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« Neste momento, cerca de 70 edifícios estão em obras, um já concluído, os outros estão prestes a ser concluídos. A previsão é de que até ao final do ano todas as obras estarão concluídas”

A Câmara Municipal de Lisboa vai investir 2 milhões de euros na reabilitação de habitações nas freguesias do centro histórico da cidade. A medida faz parte do programa “Habitar o Centro Histórico” e destina-se à atribuição a de edifícios a preços acessíveis a residentes com dificuldades financeiras, estando previsto até ao final do ano a reabilitação de mais de 100 fogos.»

Tirado d’AQUI

sábado, 29 de dezembro de 2018

um mentiroso e muitos ignorantes!

O Centeno foi convidado do Governo-Sombra da TVI e afirmou que a economia não estava a arrancar em 2015 e havia dúvidas em 2016. Vamos à Prova dos Nove!
Vejamos: o Costa tomou posse no dia 26 de Novembro de 2016, e o último trimestre de 2015 já é de desaceleração em relação aos três primeiros trimestres de 2105 [aos idiotas-úteis aconselho que comparem o 4º Trimestre de 2018 com o homologo de 2015 - ao tempo governo da troika]. 
Já agora,
de acordo com com os números oficiais do INE divulgados em 2017, a economia portuguesa cresceu 1,8% em 2015 e,
em 2016, no primeiro ano de governação da geringonça, o PIB diminuiu 0,2% para uns, outra vez anémicos, 1,6%. 
mais:
ao contrário do que também afirmou o Centeno, o crescimento abrandou em resultado directo das incertezas geradas pela formação do governo do PS com o apoio do PCP e BE, depois do Costa perder as eleições de Outubro para Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva estar constitucionalmente obrigado a aceitar a geringonça. 
Note-se ainda que, em finais de 2014, já o crescimento tinha mesmo arrancado: a economia vinha a recuperar desde 2014, quando apresentou um crescimento marginalmente positivo e um acréscimo do PIB já em aceleração em 2015

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Quando queima, o Presidente foge?

...os 80% de popularidade não podem ser um objectivo em si mesmos, nem um mero caminho para a reeleição. Porque a popularidade de um Presidente só serve realmente ao país se o Presidente quiser sê-lo na plenitude: assumir riscos quando eles são importantes, assumir decisões quando elas são centrais para o destino comum. A popularidade de um Presidente só nos serve realmente se ela servir, também, para ele dizer não, para traçar fronteiras, para definir limites.
E não vale dizer que o PCP e o Bloco aprovam orçamentos que cumpre o défice e paga a contribuição à NATO, porque isso ficou definido, preto no branco, no papel que Cavaco Silva os mandou assinar. (in “Quando queima, o Presidente foge?” por David Dinis)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

“Virada a página dos anos difíceis…”

Como? “Anos difíceis?”
Então onde foi parar a austeridade? Continua? Ou afinal nunca existiu?
O Costa não é dado a grandes inovações retóricas e há quatro anos que lhe ouvíamos o mantra do “virar a página da austeridade”.
Fazer a agulha para “anos difíceis”, uma fórmula muitas vezes preferida pelos que tiveram de aguentar o barco quando os tempos eram mesmo tempestuosos – esses tais “anos difíceis” –, é uma inflexão que trai um estado de espírito pois a humildade não é só pose, é também alguma inquietação.
[...]
O Costa, como de resto todos nós, não acreditou que a geringonça durasse toda a legislatura. Se tivesse acreditado tinha sido mais prudente e menos inventivo nos orçamentos que fez os seus parceiros aprovar. É que se à primeira qualquer cai, à segundo só cai quem quer, à terceira quem insiste e à quarta só mesmo quem não tem alternativa – e foi isso que se passou com estes sucessivos Orçamentos do Estado que, de acordo com a avaliação do Conselho de Finanças Públicas, se revelaram documentos mais fictícios do que reais (eu chamar-lhes-ia mesmo mentirosos), já que os deputados aprovavam uma coisa no Parlamento e depois o Governo executava outra, com gigantesco sacrifício do investimento e dos serviços públicos. [...]

De mentira em mentira, o Costa e a esquerda conseguiram ganhar tempo, gerir expectativas e comprar a paz. Agora, o discurso do governo está a esgotar-se à medida que o seu escrutínio se torna possível. [...]
Por exemplo, mesmo que o Costa faça loas à devolução dos rendimentos e garanta que a economia portuguesa está a convergir com a UE, os números mostram o contrário: o poder de compra relativo dos portugueses em 2017 é inferior ao em 2016, e cada vez Portugal vai afundando mais na lista de países europeus. Isto é, o Produto Interno Bruto per capita, já ajustado do poder de compra, recuou para 76,6% da média da União Europeia em 2017. Em 2009, antes da crise, ultrapassava os 82%
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É por isso extraordinário que um primeiro-ministro que, há um ano, na sua mensagem de Natal, tinha prometido “mais crescimento” (o crescimento diminuiu) e “melhor emprego”, com os resultados que estão à vista no depauperado sector privado, venha agora dizer que as empresas “têm de ser competitivas a recrutar e a valorizar a carreira dos seus quadros.”
E assim regressamos ao “virar da página dos anos difíceis”, sinal também de que se receia mesmo que outros anos difíceis venham aí. 

domingo, 23 de dezembro de 2018

USA Shutdown

as usual

"Pan-Europa”, de São Francisco até Vladivostok.

...os movimentos migratórios massivos a que temos assistido para os Estados Unidos da América e para a Europa não serão espontâneos mas, ao invés, planeados e fomentados.
Este fenómeno é coincidente com o Plano Coudenhove-Kalergi para a criação de uma “verdadeira Pan-Europa”, de São Francisco até Vladivostok. O plano defende a substituição da população europeia, através da imigração em massa, como meio para eliminar o Estado-Nação, abrindo, assim, caminho para a criação de um super-Estado europeu. Este processo foi acelerado em 2015, após o colapso da Líbia (regulador dos fluxos migratórios regionais para a Europa através do Mediterrâneo) por intervenção militar da NATO em 2011, e do efeito chamada da política de imigração do governo alemão da Chanceler Merkel. (in “Alta traição“ por Mário Cunha Reis)

Em Portugal, este assunto não foi objecto de discussão pública, não tendo suscitado debate ou oposição de qualquer partido político com assento parlamentar. Sem tido sido remetido sequer para apreciação no Parlamento, o Pacto foi assinado, em nome de Portugal, pelo primeiro-ministro António Costa, com o apoio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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No passado dia 7 de Dezembro, em vésperas da realização da Conferência Intergovernamental sobre Migrações, que decorreu nos dias 10 e 11 de Dezembro, em Marraquexe, foi publicada em França uma Carta Aberta ao Presidente Macron, na qual o General Antoine Martinez, acompanhado por M. Charles Millon, antigo ministro da Defesa, e mais dez generais, dois almirantes e um coronel, apelaram para que o Pacto Global para as Migrações não fosse assinado, sem que antes fosse submetido à discussão e escrutínio público, através de referendo nacional.
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Na referida carta, o general alertava para o facto de o chamado “Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular”, promovido e negociado sob os auspícios da ONU, estabelecer o “direito à migração” com um novo direito Humano, podendo este passar a sobrepor-se à legislação nacional, seja através de tratados pré-existentes ou através do “princípio de responsabilidade comum” neste estabelecido.
Refere que, da aplicação do pacto resultará uma perda de soberania, do ponto de vista da política de imigração, uma vez que ficará limitada à forma como os objectivos do Pacto serão implementados, recordando, ainda, que a maioria da população francesa considera que é necessário parar ou regular drasticamente a imigração.

os coletes da benny sic hill

a propósito do trabalhinho dos brilhantes intelectuais da Sic sobre “movimento dos Coletes Amarelos”.
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os “coletes” toram atabalhoados? Sem dúvida!
Estavam mal organizados e sem objectivos (ou talvez perdidos em muitos objectivos!)? Obviamente! Todos o vimos!
Só que o movimento foi pensado, divulgado, organizado e executado por gente honesta e solidária! Porque o nosso povo é assim: cheio de boa vontade!
É assim o meu povo, o verdadeiro, o que não tem nada a ver com os burgueses pseudo intelectuais, essa gajada caviar vestida de prada ou vuitton!
Nas ruas esteve o meu povo! Aquele povo que tão bem é descrito no “Pátria”:
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta."
Por detrás do video lá estavam os burgueses do Guerra Junqueiro:
“Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis.".
Ora este “trabalho da SIC” mostra a falta de respeito, o desprezo de que somos objecto pela estação e pelo grupo de “comunicação social” de Balsemão e pela generalidade da imprensa a que temos direito.
Porque aqueles que organizaram e participaram no “movimento colete amarelo” não merecem ser achincalhados por esta pseudo imprensa de putos e chavalas filhas e filhos de uma “quinhenta”!

...e você? Gostou? Pense duas vezes antes de responder! 
Pois, não me lixe, o problema não será o concordar ou não concordar com eles. O seu (nosso) problema deverá ser o modo como os trataram na rua e na peça da “Siquinha” porque, sabe-se lá, quem é que está a seguir!

sábado, 22 de dezembro de 2018

políticos!!!


...e o pai Natal continua a distribuir-nos brinquedos!

o Marques que está “ministro” das Infraestruturas (?) quer quadruplicar a capacidade do eixo ferroviário Porto-Lisboa
É a grande obra pública prevista no Programa Nacional de Investimentos 2030 avaliado em 20,4 mil milhões de euros, que o Executivo quer fazer chegar à Assembleia da República já em Janeiro...
(lá para Setembro venho aqui perguntar às gentes se o “concurso já foi aberto” ou se o pai Natal vai outra vez distribuir-nos este brinquedo!)
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Só neste eixo estão previstos mais 163 quilómetros de ferrovia, um esforço de 1.500 milhões de euros e a construção dos troços Cacia-Gaia, Soure-Coimbra, Santarém-Entroncamento e Alverca-Azambuja.
mas há mais brinquedos:
- ligação ferroviária Aveiro/Mangualde;
- segunda fase da expansão do aeroporto de Lisboa e
- expansão dos metros do Porto e Lisboa

mais AQUI

12 mil novas camas...para estudantes!


Vamos lá enganar mais uns idiotas-úteis (e receber a avençazinha à “tenebrosa”, claro!)
Como é hábito não disponibilizam nada, apenas prometem para daqui a vários anos...
Mas pelo titulo desta noticia até parece que ia abrir as portas dos quartéis militares fechados..
Escrita pelo pelo João Moniz e acoitada pelo Destak em 211218 é um bom exemplo do funcionamento da “tenebrosa máquina de propaganda do partido socialista”.
Interessante seria que lá para o final de Setembro o jurnalista Moniz tivesse tomates para perguntar ao “Valsassina doutros tempos”, agora conhecido por Prof. Manuel Heitor (Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor) que está ministro, quantas “camas para estudantes” foram deduzidas a estas prometidas 12000 e agora apresentadas com a pompa e circunstancia de presente natalício!
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escreve o avençado jurnalista(?)
« A partir do ano lectivo 2019/2020 serão construídas cerca de 12 mil novas camas [...]
A medida vem "aumentar em cerca de 80% a oferta actual de alojamento para estudantes a preços acessíveis e regulados", sublinhou Manuel Heitor, explicando que o plano prevê a requalificação de edifícios já existentes, mas também a construção de novas residências...»

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Para eles: esta democracia! Mesmo que esteja a cair de podre!


O presidente da República e o “primeiro-ministro” estão de acordo sobre as virtudes da estabilidade em Portugal.
Afinal, o mais importante para um e outro é viver nesta Democracia, mesmo que esteja a cair de podre.

É o mesmo discurso politicamente bafiento do passado que, aliás, esquece que foram os "aventureirismos fora do sistema" que permitiram o 25 de Abril. (Rui Costa-Pinto)

um Capital tripeiro !

Um dia malta do Porto, bons amigos dos Lisboetas, juntou-se e pensou:
«vamos gozar com os “mouros” porque parece que os gajos andam a gozar c’a Gente! Pior,  o ésse-éle-bê goza com o FêQuêPê e, mais grave, gozam com o nosso “molinhas” e até com os nossos “bês” pelos “vês”».
Pois, se bem o pensaram, melhor o fizeram!
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Vai dai mandaram um “coiso” para comentador da TêBêÍ (€7.5m), presidente da Capital(€5.m) e um apartamentozito (€1.0M) !
O gajo veio cheio de ideias e pensou: para conjugar com meu nome estes mouros vou contruir-lhes uma “mesquita” –  eles pagam-na - mas, já agora e de seguida, vamos tratar-lhes do “lixo doméstico” (terá que ser à puhorto, carago!) porque há anos está a funcionar bem e Lisboa “já não cheira a Lisboa”...



Obedientes, os alfacinhas responderam à puhorto (carago!), com os sacos de lixo do supermercado da sonae...e prometem que “nas próximas” o presidente do Porto (carago!) vai ser uma alfacinha que até pode não ser muçulmano!

coletes à portuguesa...

vi reportagens das Tv’s Francesas e, principalmente, das belgas! Estou a ver as das Tv’s a que temos direito e estou envergonhado com o que nos dão...

(talvez porque elitististicamente pensava que podiamos ser melhores que eles...)

(são 10:30-10:45 de 211218)
estão todos formados no “jornal do futebol” ou, pior, no “jornal do crime” e ouço coisas como estas:
- romperam a “caixa de segurança” diz a péssima “jornalista desportiva” da CMTV no Marquês de Pombal...
- “estão a cumprir o pedido do Presidente da República e do “primeiro ministro” diz uma “avençada” reporter da Tvi
(que arranjou como comentador um “professor” de uma escola da policia ou da gnr...)
- “quem é que os esta a orientar? hum! A maioria das pessoas não quer falar! Ou “o protesto não está organizado...” ouve-se, repetidamente, da noticiarista da rtp...
...
e a da CMTv, decerto por hábito, lá vai referindo a necessária “caixa de segurança” (a que claque pertencerá a “jornalista”?)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Helicóptero do INEM: falhas na operação de socorro

São quatro as conclusões principais:
  • A NAV desenvolveu as próprias diligências durante vinte minutos, violando as regras de resposta a acidentes com aeronaves — que obrigavam a lançar um alerta de imediato para a Força Aérea para para a Protecção Civil nacional;
  • O CDOS do Porto recebeu seis tentativas de contacto telefónico e só uma terá ficado sem resposta;
  • O 112 não alertou o Centro Distrital de Operações de Socorro do Porto, preferindo encaminhar o alerta de um morador da freguesia de Campo para a PSP e para a GNR, nem pediu dados à Protecção Civil para restringir a área de buscas;
  • NAV e 112 não contactaram a Força Aérea de forma suficientemente rápida, “podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento”.
 

dizem ser o verdadeiro rosto da França...

São homens e mulheres que dizem ser o verdadeiro rosto da França. O rosto da injustiça social, da raiva ... mas também da humilhação ... e do medo.
O movimento "coletes amarelos" surgiu contra um aumento nos impostos sobre combustíveis proposto pelo Governo para encorajar uma transição para formas mais verdes de energia. Mas a revolta social cresceu e passou a incluir outras queixas de injustiça em França. O ressentimento de toda uma parte da população que se sente excluída há tempo demais.

Depois de um mês nas ruas, os "coletes amarelos" podem continuar?
E que França vai emergir se conseguirem o que querem?
Não está claro qual o futuro do movimento.
O que é certo é que aqueles que se sentiram ignorados pelo poder, agora conseguiram tornar-se visíveis, novamente, ao mergulharem o país em alguns dos dias mais sombrios.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

já se percebeu ao que ela veio: É a carta do António Luís para ganhar os votos à esquerda, para mostrar que a natureza deste PS, de braço dado com o BE e o PCP, não mudou, está apenas disfarçada, para provar que um governo do PS pode ser tão ou mais defensor da austeridade do que qualquer outro governo à direita.
[Claro que esta é mais uma “manobra à chico-esperto”, perdão, uma manobra à Santos da Costa que com uma “independente” não estraga as relações com uma parte mais antiga mas significativa do partido. Só que estes independentes são muito imprevisíveis ”...!]
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[é por via dessa “natureza que o PS tão bem oculta” desde os oligofrénicos até aos idiotas-úteis] que a “ministra” da Saúde quer reter os médicos no Serviço Nacional de Saúde durante mais tempo antes de estes optarem por sair do público para o privado. Ora bem, esse objectivo pode ser conseguido com a vinculação durante um determinado período de tempo. [.] 
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Já agora, faz-se uma lei geral, à moda de Cuba ou da Venezuela, impondo a obrigação de todos os licenciados em faculdades públicas de trabalharem para o Estado, com um período definido em função do custo do curso. Era a forma mais fácil de acabar com o sector privado de vez, sem precisar de qualquer lei de bases. (https://eco.sapo.pt/opiniao/a-ministra-que-quer-acabar-com-a-saude-dos-privados/)

coletes! amarelos?


domingo, 16 de dezembro de 2018

begonha, para memória futura!

A recém-eleita secretária-geral da Juventude Socialista, Maria Begonha, defendeu AQUI, em entrevista ao jornalista Fernando Alves nas manhãs da TSF, um "aprofundamento à esquerda" do Partido Socialista e não vê "com maus olhos" a presença do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista de um futuro Governo de iniciativa PS.

porque se revoltam os cidadãos!

Os "gillets jaunes" abalaram a França. 
A eleição na Andaluzia teve na Espanha o efeito de um terramoto. 
E o Brexit na Europa comportou-se um cavalo louco. 
É tempo de os poderes democráticos compreenderem porque se revoltam os cidadãos!!!

se isto não é o povo...

La crise des "gilets jaunes" est sans doute l’occasion de repenser tout cela, et de donner plus de poids à des mécanismes de démocratie participative et délibérative. 
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Na França, como em Portugal, a democracia continua amplamente baseada na representação. Os mecanismos da democracia participativa apenas desempenham um papel modesto para “épater le bourgeois”, isto é: os organismos intermediários entre a sociedade civil e o poder, são tradicionalmente vistos com suspeita, na maioria dos casos com razão, porque vindos da esquerda e extrema-extrema esquerda, integram como participantes os “activistas do costume”. Basta atender que os deputados não representam seus eleitores, mas a nação.  
No caso francês o Presidente, numa abordagem das suas funções muito gaullista, quiçá mesmo bonapartista, goza de importantes prerrogativas.
por isso
a crise dos "coletes amarelos" em sistemas politícos idênticos ao português ou ao francês, é, sem dúvida, uma excelente oportunidade para repensar a organização politica de modo a dar mais peso aos mecanismos da democracia
...claro que aos trotskistas,
como ao Francisco Louçã, ao grupo Bloco da extrema-Esquerda:
esta operação é uma operação de extrema-direita” seguindo a lógica da infiltração nas claques desportivas ou em em alguns corpos especiais do Estado.
Porém, o aspecto mais preocupante do movimento  “Quando olhamos para o detalhe percebemos que há aqui uma coisa que se deve tomar em consideração com muita atenção. A instrumentalização pela extrema-direita, numa óbvia imitação dos processos que preparam o Bolsonaro”. (mais aqui)
ou à Christiane Taubira ou ao grupo do Jean-Luc Mélenchon:
qui qualifie le mouvement des "gilets jaunes", "d'ambigu", avec "à la fois du sublime et des traces de choses abjectes", en évoquant la présence de "personnes sexistes, racistes, homophobes, xénophobes, antisémites"(mais aqui)
a democracia participativa e deliberativa não lhes interessa. A representativa já lhes é difícil de aceitar!
Diria mesmo mais: qualquer democracia lhes é prejudicial...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

descarrilamento


A Carris vai abrir inquérito

o EuGénio Costa

Lembram-se do que dele se escrevia na imprensa a que temos direito?
(e o mais interessante é que os escribas que sem vergonha nem a cara mudaram  continuam a escrever coisas que já ninguém vê mas continuamos a pagar!)
antes era assim:
A sua superior genialidade política e inteligência racional tinham alcançado o que a tacanhez do governo anterior jamais julgara possível: a concórdia social, um país sem greves, todo a trabalhar, em uníssono, para a recuperação da pátria." 
Um dia, porém, as coisas mudaram. 
agora é assim:
Primeiro foram os professores. Depois os médicos. A seguir os trabalhadores dos transportes públicos. E os professores outra vez. Os enfermeiros. Os juízes. O pessoal do Metro de Lisboa e do Porto. Os taxistas, ai os taxistas! Os inspectores do SEF. Agora, também o pessoal do Ministério Público. E os professores, os “malditos” professores sempre e outra vez! “
Caraças! Até o pessoal da Santa Casa...
mais AQUI e aqui

domingo, 9 de dezembro de 2018

o assassinato de jornalistas...


O
Alojz Hlina, começou há muito a preparar a vinda a Lisboa para fazer um pedido a António Costa: que exigisse a expulsão do primeiro-ministro da Eslováquia do Partido Socialista Europeu, que

A
Ana Gomes escrevia que o facto de Muscat discursar no congresso dos socialistas europeus  em Lisboa, era estar a destruir a “credibilidade da família política” socialista enquanto o seu Governo
“mantém criminosos dos Panama Papers” e

reversível?

O(A) Pato(a) que não vi, não li e nem percebi as suas reais implicações será um daqueles pactos de que vamos falar muito no futuro e não propriamente por boas razões?
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Chamar-se-á Pacto (Pato?) Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular. A acreditar nos seus promotores está lá tudo e o seu contrário. Mas onde está o texto desse pacto(pato?)? Por exemplo, em Portugal para lá das declarações institucionais do ministro dos Negócios Estrangeiros e do ainda mais institucional texto da Lusa reproduzido em noticiários e artigos de jornal, o que se sabe sobre esse (pato?)? Fala-se de 23 medidas concretas mas não se detalha uma única? (in “Os dias da cabra-cega” por Helena Matos)
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nota:
É altura dos partidos que não querem perder a pedalada comecem a falar em “reversões”

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

onde está o General De Gaule?

Em “pose de figurino”, a tentar ficar parecido com o Napoleão não chega, Sr. Macron.
É preciso que seja o De Gaule do Maio de 68. E que o seja, para além dos franceses, para os Europeus!
Por enquanto, a reação dos manifestantes é continuar com as manifestações. O que começou como um protesto contra a subida dos impostos tornou-se agora um movimento anti-Macron
Le climat social s'apparente à des sables mouvants pour le gouvernement français : ce dernier bouge à peine, faisant quelques concessions sur la hausse des prix du carburant, du gaz et de l'électricité, et le voici qui s'enfonce encore plus. "Trop peu, trop tard", juge le journal Le Figaro ce matin. L'exécutif est "en marche arrière", critique Libération. "Des miettes ne suffisent pas", estime pour sa part le quotidien L'Humanité. Le parti présidentiel au pouvoir a désormais une grande crainte, que la grogne persistante des "gilets jaunes" s'étende progressivement à d'autres secteurs.
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"Se a sua única resposta Sr. Primeiro-Ministro, é a suspensão dos impostos de Macron sobre os combustíveis, então é porque não se apercebeu da gravidade da situação. Este anúncio condena os franceses a alguns meses de adiamento. O que eles lhe estão a pedir não é a suspensão mas o cancelamento das taxas. Sr Primeiro-ministro, é muito pouco, muito tarde" dit Damien Abad Les Republicains, Euronews, França

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Estamos a passar pelo que parece ser o fim de uma época.

Em França, a revolução sai à rua; em Espanha, entrou, por enquanto, num parlamento regional [e na Alemanha já entrou em todos].
Os apelos do costume já não funcionam:
nem o medo do “caos”, com que o Macron tenta assustar os franceses;
nem o medo do “fascismo”, com que as esquerdas até hoje se habituaram a inibir as direitas. Em Espanha, vamos talvez descobrir que “geringonças” há muitas;
Em França, que quando o poder se propõe pôr os cidadãos “em marcha”, os cidadãos marcham mesmo, mas não necessariamente segundo a vontade do poder.
três erros que podemos cometer em relação aos “coletes amarelos”.
O primeiro erro é contemplar tudo como um problema simplesmente francês. Não é. A União Europeia é uma aliança franco-alemã. Para que possa haver UE, é necessário que a Alemanha e a França funcionem. [...] Há quinze anos, a Alemanha reformou-se para competir nos mercados globais. [tem excedentes e emprego] A França, pelo contrário, não fez reformas. É o país dos défices e do desemprego. 
O segundo erro é pensar que se trata apenas do fracasso de Emmanuel Macron. Não é. Porque antes de um fracasso de Macron, ainda por confirmar, estão os fracassos já confirmados da direita gaullista, com Nicolas Sarkozy, e da esquerda socialista, com François Hollande. Entretanto, os grandes partidos de governo da V República, que já só sobreviviam chantageando o eleitorado com a ameaça dos Le Pen (ou nós, ou o “fascismo”), desapareceram. Em seu lugar, as elites aglomeraram-se à volta de um jovem que era suposto fazer as reformas sem o empecilho da velha dicotomia esquerda-direita. 
O terceiro erro está na nossa economia de esforço interpretativo. Para explicar os coletes amarelos, preferiu-se em geral traduzir os contrastes americanos que, há dois anos, serviram para dar conta de Trump: os “deploráveis” contra as elites, o campo contra as  cidades, a tasca contra o Starbucks, o nativismo contra o cosmopolitismo, etc. 

A França enfrenta assim um paradoxo que Portugal e a Europa do sul conhecem bem: quanto menos dinâmica é a economia, mais castigada é a sociedade por impostos, porque os governos precisam de compensar as clientelas, e não há outra via senão o fisco e a dívida. Eis como duram os Estados europeus, navegando entre duas revoltas possíveis: a dos contribuintes e a dos dependentes. (in “Três erros sobre a França dos coletes amarelos” por Rui Ramos)

uma situação inextricável?

- a má leitura da vitória de Macron em 2017,
. miragem de uma adesão maciça às ideias defendidas pelo chefe de Estado,
- observações feitas pelo poder e consideradas desdenhosas pelos franceses em dificuldades ...
Serão alguns do factores que explicam a situação difícil de se desemaranhar em que o Chefe de Estado Francês e sua maioria se encontram hoje!
Titulos:
"J'ai été élu par choix, pour appliquer mon programme"
L'énorme erreur d'appréciation de l'équipe élyséenne et de l'actuelle majorité est de croire que le large succès de 2017 reflète un vote d'adhésion. L'incroyable ascension du candidat Macron a alimenté un narratif journalistique fait de fascination et d'aveuglement.  [...]
"Maintenir le cap social-libéral"
Mais, surtout, son élection ne signifiait pas un changement de logiciel socio-économique vers un social-libéralisme en rupture avec la tradition sociale-étatiste interventionniste. 
Le mirage de l'adhésion massive
Même s'il est encore impossible de disposer d'études précises et fiables dressant un portrait sociologique des manifestants, les propos recueillis face aux micros ou sur les réseaux socionumériques montrent une population qui partage majoritairement quelques caractéristiques. Une large majorité n'a pas voté pour Emmanuel Macron à la présidentielle de 2017, ni au premier tour – car beaucoup se disent si écœurés de la politique qu'ils ne votent plus–, ni au second tour, où il y avait pourtant un choix binaire très marqué entre deux visions du monde et deux visions de la démocratie républicaine.
Il faut rappeler, à cet égard, que seulement un peu plus de 43% des électeurs inscrits ont choisi de voter Macron au second tour
Le "en même temps" du "président des riches" contre le "ici et maintenant" des gilets jaunes
Le discours de l'équilibre, du "en même temps" social et favorable à l'entrepreneuriat pour réduire le chômage, pouvait engendrer une diminution des craintes de déclassement vécues par beaucoup de membres de la petite classe moyenne. De même, la promesse sans cesse répétée de permettre à ceux qui travaillent de mieux vivre pouvait lever l'espoir de mieux vivre.
"Faire ravaler sa morgue au président déconnecté"
Face à un discours légitimiste du pouvoir ("nous avons été élus et bien élus", y compris aux législatives), les gilets jaunes opposent une illégitimité première et secondaire. Première, car ils ne se sont jamais reconnus dans la personne du candidat Macron, et secondaire, parce que ses déclarations et son action apparaissent comme hostiles aux intérêts des classes populaires. 
La rhétorique insurrectionnelle de certains gilets jaunes
Le mélange d'impatience, d'injustice et d'offense est devenu explosif. L'exaspération s'accompagne d'une radicalisation du discours et des pratiques manifestantes. Car au-delà des casseurs professionnels, et des pillards opportunistes qui ont dévasté les rues de la capitale et d'autres grandes villes ce week-end de décembre, la parole de manifestants sincèrement habillés de jaune se radicalise. Une rhétorique insurrectionnelle se fait jour, qu'aucun dirigeant en exercice ne peut évidemment cautionner, surtout lorsqu'elle consiste à rendre la cible responsable des exactions qui la visent, et à minimiser la réalité des dégradations, comme le montrent les tweets postés le 2 décembre
.mais AQUI

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

o que eles queriam...no inicio!


O carteiro toca sempre duas vezes. Por vezes políticos, jornalistas e comentadores esquecem-no...

Extrema-direita entra no parlamento da Andaluzia.”
Este é o título em mais ou menos todas as notícias dos jornais portugueses sobre as eleições na Andaluzia. Todos fazem questão em sublinhar que o VOX (que ontem elegeu doze deputados) é de extrema-direita. Estranhamente nenhum deles sente necessidade de referir que o Podemos ou a IU são partidos de extrema-esquerda.[...]
Aquilo a que assistimos hoje em dia na comunicação social é aterrador: qualquer pessoa de direita que se atreva a falar de nação, de defesa da Vida ou da Família é um extremista enquanto a esquerda pode defender o que bem lhe apetecer que está a apenas a derrubar tabus e defender o progresso. (in “O Extremismo é Sempre de Direita?”)
ora vamos lá ver:
O VOX afirmam-se nacionalistas? Mas não o afirma, também, o PCP? São contra «esta» União Europeia? Mas não é o que diz o Bloco? Querem o regresso da soberania nacional orçamentária? Não o reclamam, em uníssono, Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português? São de extrema-direita?
Não! O Bloco, o PCP e o Podemos, são de extrema-esquerda!
Por conseguinte, que legitimidade democrática poderá existir agora, para impedir que o VOX, a exemplo do Gregos Independentes ou, no futuro, que outro “VOX qualquer”, sirva de muleta para governos chefiados por partidos democráticos (caso do Syriza(?))? Pelo contrário, pela lógica que levou à geringonça de Costa, eles deverão ser saudados com entusiasmo por aceitarem as regras do jogo democrático de que anteriormente se afastavam..
O carteiro toca sempre duas vezes. Por vezes, os políticos esquecem-no.
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dá para pensar! Mas apenas por aqueles que um dia, já lá vão muitos anos, sonharam e,  no dia seguinte, viram o sonho ruir!!!

a unicidade na imprensa a que temos direito...

As dores que os nossos media assumem acerca de acontecimentos estranhos a eles – estrangeiros, literalmente – é menos reveladora desses acontecimentos do que da natureza desses media.
Desta vez, entre outros, voluntariou-se o Expresso para explicar onde doía. Depois de titular que «Extrema-direita entra no parlamento da Andaluzia em eleições ganhas por PSOE», depois de fazer considerações enternecedoras sobre as dificuldades de constituir um governo minoritário socialista, o jornal esquece-se de somar os votos da direita maioritária.
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Bem viu o Expresso (e custa-lhe tanto que o omite) que os adversários também podem formar geringonças bem menos atrabiliárias do aquela que a habilidade de Costa engendrou e o semanário reverencia. (in Observador.pt/opiniao)