A Irlanda vendeu, pela primeira vez em quase dois anos, mais de 5,2 mil milhões de euros em obrigações de longo prazo, naquele que foi o maior teste ao sentimento de confiança dos mercados em relação ao país.
No total foram emitidos 5,23 mil milhões: 3,89 mil milhões com maturidade a 2017 (a uma taxa de 5,9%) e 1.340 milhões a 2020 (a uma taxa de 6,1%).
Correu bem.
O plano de resgate à Irlanda (70 273 km², 4 581 269 hab.), semelhante ao Grego (131 990 km²,10 787 690 hab.) e ao Português (92 090 km², 10 561 614 hab.), previa uma ajuda monetária de 85 mil milhões de euros a atribuir em três anos.
A economia irlandesa, muito dependente das exportações para o resto da Zona Euro, permanece frágil: o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,1% no primeiro trimestre de 2012, depois de ter registado uma progressão de 1,4 em todo o ano de 2011. O FMI prevê um crescimento ligeiro, de 0,5%, para este ano.
A situação social é igualmente difícil, com uma taxa de desemprego que atingia os 14,9% da população activa em Junho, uma situação que preocupa os credores internacionais de Dublin, encarregados de supervisionar a aplicação do plano de recuperação económica.