O advogado de José Sócrates, Daniel Proença de Carvalho, está desde sexta-feira indisponível para esclarecer se o primeiro-ministro irá tomar alguma posição após a divulgação pelo semanário Sol dos despachos do juiz de instrução de Aveiro e do procurador da República que viram indícios fortes que Sócrates estava a cometer um crime de atentado contra o Estado de direito.
Outra dúvida que fica por esclarecer é se José Sócrates irá recorrer a uma providência cautelar para proibir a eventual divulgação das escutas com Armando Vara, declaradas nulas pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Noronha Nascimento também mandou destruir as intercepções, mas, por motivos processuais, a ordem ainda não foi cumprida.
Este sábado, o primeiro-ministro considerou "absolutamente lamentável" o que apelidou de "jornalismo de buraco de fechadura", baseado em "escutas telefónicas e conversas privadas" sem relevância criminal. "Eu não contribuo para essa infâmia, nem para a degradação da nossa vida pública, baseando-se essas acusações e essas notícias em escutas telefónicas", disse à margem de uma cerimónia em Vila Viçosa. Público