Ninguém atropelou os direitos legítimos e até compreensíveis de outros accionistas. O Estado limitou-se a não permitir que os seus interesses fossem desconsiderados e ignorados e afirmou-os no quadro dos estatutos da empresa que sempre foram reconhecidos por todos os accionistas. JSPinto de Sousa em Opinião no Economia do PUBLICO
A 11 Abril, em entrevista ao «Diário de Notícias» e à TSF, Ricardo Salgado disse querer acreditar que o actual Governo, ainda que minoritário, conseguirá chegar ao fim do mandato. «Quero acreditar nisso, porque não é o momento de estarmos novamente com eleições. Não nos podemos esquecer de que as eleições legislativas anteriores foram há relativamente pouco tempo, seis meses, por aí. O Governo, o Partido Socialista, tem a legitimidade de ter ganho relativamente aos outros as eleições».
Questionado se José Sócrates é também um «bom primeiro-ministro», o banqueiro respondeu: «Acho que sim». Ricardo Salgado ao agenciafinanceira
Hoje, Ricardo Salgado justificou a decisão do banco em aprovar a oferta de 7,15 mil milhões de euros da Telefónica pela posição da Portugal Telecom na Vivo, com a tentativa de manter a independência da PT.“A insistência da Telefónica só poderia redundar numa OPA à PT. Nós gostaríamos de ver a PT independente”, afirmou em conferência de imprensa.
“O BES esteve na primeira linha da aquisição da Vivo em 1998 e sempre considerámos um activo fundamental. Atitudes da Telefónica para adquirir os 50% que a PT tem na Vivo, como congelamento de dividendos e ameaças de OPA, são sinais claros de fim de uma parceria.” Ricardo Salgado ao i online
Sócrates arrisca a vingança do BES, a revelação interna do negócio da PT/TVI, a viragem dos media Ongoing (leia-se BES) contra si, a passagem de apoios e serventes para o rival, na conhecida fuga dos ratos.
Poderá ainda haver um acordo entre Ricardo Salgado e José Sócrates, após esta zanga de compadres. Mas as coisas entre os dois nunca mais serão as mesmas. A cisão entre o poder político socratino e o poder financeiro dos Espírito Santo representa o princípio do fim do sistema de poder socratino: sem a perna da alta-finança, a trempe do poder socratino fica desequilibrada e instável, sujeita a cair. publicado por António Balbino Caldeira em 6/30/2010 no Do Portugal Profundo (ler mais em zanga dos compadres)