A Segurança Social vai cancelar o apoio aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, entre os 18 e os 55 anos, que recusem “emprego conveniente”, trabalho socialmente necessário ou propostas de formação a partir de 1 de Agosto.
Os mais de 400.000.000 euros são distribuídos por 395.341 beneficiários, 156.936 famílias. O valor médio desta prestação social era de 95,53 euros por beneficiário e 248,31 euros por família.
Criado no primeiro governo de António Guterres, como Rendimento Mínimo Garantido, é uma prestação que procura apoiar as famílias mais carenciadas e promover o seu regresso ao mercado de trabalho. Em 2003, com Bagão Félix, passou a Rendimento Social de Inserção. Pretendia-se, e bem, reforçar a inclusão dos mais carenciados, promover a sua autonomia social e económica e maior rigor na atribuição. O RSI ou o RMG estava então enquadrado nas preocupações sociais dos socialistas e democratas cristãos mas acabou, em muitos casos, por ser subvertido pelos muitos chicos-espertos que poluem a nossa sociedade.
Fortemente apoiado pelas esquerdas, chique e caviar, originou uma subclasse social, a dos que nunca tiveram ou quiseram emprego, e levou-nos a memoráveis confrontos na Assembleia da República entre Paulo Portas e o ainda primeiro-ministro.
As medidas avançadas poderão poupar aos contribuintes 30M de euros por ano nos próximos 3 anos mas, com a inventiva capacidade de desenrascanço que nos é reconhecida, algo me diz que não vão resultar.
Um caso, como diria J Berardo, de ir a zero e começar de novo…