Fechar para não ter problemasl
Há uma forma infalível de acabar com os problemas: acabar com as pessoas. A Câmara Municipal de Lisboa está preocupada com a insegurança e como vandalismo no Bairro Alto. Podia ter aumentado a fiscalização nas ruas, podia ter mandado mais polícias municipais para circular, podia ter pedido um reforço de segurança da PSP durante a noite. Podia mas não fez. Optou antes pela posição mais simples. Fechar os restaurantes, os bares e as lojas mais cedo. Encurtar o período de funcionamento do comércio para encurtar o período de funcionamento da criminalidade. Forçar a evacuação das ruas e, assim, conseguir acabar com as cenas de violência, com as paredes pintadas, com os delinquentes que vendem droga ou com os assaltos à mão armada.
Esta proposta da Câmara Municipal de Lisboa para acabar com os problemas no Bairro Alto não é um caso único. Quando António Costa foi eleito, tratou de combater a poluição na cidade, povoar as ruas, incentivar as pessoas a andar a pé pelo centro.
Com a sensibilidade de um socialista moderno, optou pela medida mais imediata: proibir a circulação de automóveis ao domingo em algumas zonas da cidade. Resultado: acabaram os carros e acabaram as pessoas. As ruas estão desertas e o trânsito está caótico. Ninguém se sujeita às horas de filas para chegar ao Terreiro do Paço, ninguém aceita o passeio a pé forçado pela autarquia.
A política deve ser feita com determinação, mas com o dobro de bom senso. António Costa parece optar apenas pela primeira. O problema do Bairro Alto não se resolve com o encerramento antecipado dos restaurantes e dos bares. Tal como o consumo de droga nos concertos não se resolve com o fim dos concertos, nem o tráfico nas discotecas se resolve com o fim das discotecas. O princípio é errado, o resultado é desastroso. SABADO 200 28Fev a 05Mar2008
Há uma forma infalível de acabar com os problemas: acabar com as pessoas. A Câmara Municipal de Lisboa está preocupada com a insegurança e como vandalismo no Bairro Alto. Podia ter aumentado a fiscalização nas ruas, podia ter mandado mais polícias municipais para circular, podia ter pedido um reforço de segurança da PSP durante a noite. Podia mas não fez. Optou antes pela posição mais simples. Fechar os restaurantes, os bares e as lojas mais cedo. Encurtar o período de funcionamento do comércio para encurtar o período de funcionamento da criminalidade. Forçar a evacuação das ruas e, assim, conseguir acabar com as cenas de violência, com as paredes pintadas, com os delinquentes que vendem droga ou com os assaltos à mão armada.
Esta proposta da Câmara Municipal de Lisboa para acabar com os problemas no Bairro Alto não é um caso único. Quando António Costa foi eleito, tratou de combater a poluição na cidade, povoar as ruas, incentivar as pessoas a andar a pé pelo centro.
Com a sensibilidade de um socialista moderno, optou pela medida mais imediata: proibir a circulação de automóveis ao domingo em algumas zonas da cidade. Resultado: acabaram os carros e acabaram as pessoas. As ruas estão desertas e o trânsito está caótico. Ninguém se sujeita às horas de filas para chegar ao Terreiro do Paço, ninguém aceita o passeio a pé forçado pela autarquia.
A política deve ser feita com determinação, mas com o dobro de bom senso. António Costa parece optar apenas pela primeira. O problema do Bairro Alto não se resolve com o encerramento antecipado dos restaurantes e dos bares. Tal como o consumo de droga nos concertos não se resolve com o fim dos concertos, nem o tráfico nas discotecas se resolve com o fim das discotecas. O princípio é errado, o resultado é desastroso. SABADO 200 28Fev a 05Mar2008