Caso da aluna «agressora» entregue a Tribunal de Matosinhos
O Tribunal de Família e Menores do Porto remeteu hoje o caso da aluna que agrediu uma professora na Secundária Carolina Michaelis para a comarca de Matosinhos, disse à Lusa fonte do Ministério Público (MP).
Em declarações à Lusa, o procurador Manuel Santa, do Tribunal de Família e Menores do Porto, afirmou que o caso vai decorrer no Tribunal de Família de Matosinhos porque a aluna pertence àquela comarca.
«O inquérito tutelar e educativo deverá ser aberto rapidamente pela colega de Matosinhos», disse.
Segundo referiu, este inquérito servirá para apurar se eventualmente a aluna em causa praticou actos ilícitos que poderão ser punidos pelo crime de ofensa à integridade física da docente.
«No decurso do inquérito irá apurar-se se há ou não matéria para provar que a aluna praticou este crime. Se o Ministério Público entender que a aluna praticou esses crimes e precisa de ser educada para o direito procede-se à abertura da fase jurisdicional», acrescentou o responsável.
Entre as nove medidas de educação para o direito previstas na lei, a mais gravosa é o internamento da aluna num centro educativo, sendo a mais leve a admoestação. (Diário Digital de 26 de Março de 2008)
Esta é mais uma das notícias sobre o caso do confronto da aluna do Carolina Michaëlis e a sua professora de francês que todos vimos através do You Tube. Se ainda restassem dívidas sobre o comportamento dos nossos alunos elas desfazer-se-iam agora. A atitude que presenciámos é a prova irrefutável da falta de educação que os nossos alunos trazem de casa. O modo como a menina gritou com a professora, os comentários circundantes e a atitude dos colegas são uma cópia da maioria das relações que muitos dos nossos adolescentes mantêm com os pais. E porque fui professora e várias vezes desrespeitada por encarregados de educação na presença dos seus educandos, sei do que estou a falar. Por isso não só a menina e a turma em causa devem ser castigados. Os pais têm que partilhar parte da culpa e do castigo. E este não pode nem deve passar por uma admoestação ou suspensão ou internamento num centro educativo. Deve ser aplicado em local público para que sirva de exemplo a possíveis prevaricadores. Aqui deixo uma sugestão: obrigar os culpados a serviços comunitários porque suspensões, são dias feriados. Admoestações, penitência de pecados veniais. Internamento não leva a nada porque é isolamento e esta adolescência desconhece que o silêncio é um bom conselheiro. E já que a coisa se passou no Carolina porque não pô-los a varrer e lavar a longa escadaria do antigo liceu? Quem for do Porto conhece bem o local e o esforço que esse serviço lhes imporia para além da exposição popular a que seriam expostos. Castigos medievais? Não. Até nos EUA os aplica. É só recordarmo-nos da Naomi Campbell a varrer latrinas em Nova York por atirar o telemóvel à cabeça de uma empregada. Podem ter a certeza que eles iriam todos pensar duas vezes antes de repetirem a asneira. IMBL
Este é mais um caso de grave indisciplina no seio de uma escola portuguesa e que terá decorrido durante uma aula de Economia. Num vídeo, colocado no YouTube a 27 de Junho de 2007 e divulgado ontem pela SIC, um dos alunos filma os colegas a baterem com as mãos nas carteiras, aos gritos e a cantar em plena sala de aula. Durante a gravação, a câmara é dirigida várias vezes para a professora que continua a leccionar mostrando-se alheia ao barulho e comportamento dos alunos, que chalaceiam, riem e chegam mesmo a dizer asneiras.