Ouro e prata atingem preços recorde
Transaccionado em dólares, o ouro é alvo de um interesse inusitado da parte dos investidores com a nova queda da nota verde face ao euro.
O euro chegou esta madrugada até 1,59 dólares, por volta das 2:00 TMG, enquanto a onça de ouro subiu até 1.032,70 dólares.
A prata seguiu esta tendência e atingiu um novo máximo nos 21,35 dólares a onça, ao mais alto nível em 27 anos.
Valor refúgio, o ouro está a beneficiar igualmente da aversão ao risco após a compra do banco americano Bear Stearns pelo seu concorrente JPMorgan.
Além disto, a subida do barril de crude - que atingiu os 111,42 dólares nas trocas electrónicas na Ásia, depois de ter ultrapassado a fasquia dos 111 dólares na semana passada em Nova Iorque - alimenta os receios inflacionistas e leva os investidores a comprarem ouro, escudo tradicional contra a inflação.
Os preços do ouro tinham ultrapassado quinta-feira pela primeira vez os 1.000 dólares por onça e atingiu sexta-feira o preço recorde de 1.007,40 dólares, fechando pela primeira vez acima da fasquia muito simbólica dos 1.000 dólares, que abre o caminho a mais subidas. TSF ( 13:04 / 17 de Março 08 )
Crise financeira actual é a mais grave desde a Segunda Guerra
«A actual crise financeira nos Estados Unidos vai ser verdadeiramente considerada como a mais grave desde o fim da Segunda Guerra Mundial», considera Alan Greenspan, que presidiu à Reserva Federal (Fed) de 1987 a 2006. «Ela chegará ao fim quando o preço dos bens imobiliários estabilizar e por inerência os preços dos produtos financeiros ligados aos empréstimos hipotecários», estima.
Segundo Greenspan, «esta crise fará numerosas vítimas, e o sistema de avaliação de riscos actualmente no terreno será particularmente afectado».
«Mas espero que uma das vítimas não seja o sistema de supervisão mútua (através dos actores e intervenientes do sector financeiro) e a auto-regulação financeira como mecanismo fundamental de equilíbrio para o sector financeiro mundial», adiantou.
«A gestão de risco nunca atingirá a perfeição e chegará sempre o momento onde fracassará e, uma verdade incomodativa será posta a nu, provocando uma resposta inesperada e brutal», escreve Greenspan. TSF ( 11:41 / 17 de Março 08 )
Lisboa atinge valor mais baixo desde 2006
A bolsa de Lisboa está a negociar nos níveis mais baixos desde Agosto de 2006. Todas as bolsas europeias estão no vermelho. Nova Iorque iniciou também a negociar em terreno negativo, com o Nasdaq a perder 1,77 por cento e o Dow Jones a descer 1,35 por cento.
Em Lisboa, o PSI 20 está nesta altura a cair 3,45 por cento com todos os títulos no vermelho. A Galp e a PT são as acções que mais perdem, registam quedas superiores a cinco por cento. A praça de Lisboa já registou mesmo o valor mais baixo desde Agosto de 2006.
As outras bolsas europeias estão também a registar fortes quedas. Frankfurt destacou-se toda a manhã e continua agora a liderar as perdas: Por volta das 14 horas Frankfurt estava a recuar 3,8 por cento. Mas já chegou a tocar nos quatro por cento.
Londres também perde 3,37 por cento, Paris cai 3,19 e Madrid recua 2,49 por cento. TSF ( 14:37 / 17 de Março 08 )
Depois de terem aliviado durante algumas horas, as praças europeias voltaram a acentuar as perdas no fecho de sessão. Frankfurt continuou a ser a praça que mais perdeu, a cair 4,18 por cento. Lisboa desceu 3,48 por cento.
Paris perdeu 3,51 por cento, Londres desceu 3,1 e Madrid caiu 2,12 por cento.
Em Lisboa, o PSI 20 registou um forte tombo, descendo 3,48 por cento, a negociar abaixo dos 10 mil pontos.
A Galp foi um dos títulos que mais contribui para as perdas do índice, tendo recuado 8,38 por cento, para os 13 euros e 88 cêntimos. TSF ( 17:16 / 17 de Março 08 )
Europa não está ameaçada, de momento, por uma recessão
A Europa não está ameaçada, de momento, por uma recessão, mesmo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) venha a rever em baixa as suas previsões de crescimento para a região, avançou hoje Michael Deppler, director do fundo para a Europa.
Para o economista, a apreciação do euro contra o dólar é um factor negativo para o crescimento europeu, mas não terá tanto efeito como se chegou a temer.No entender de Michael Deppler, o maior problema reside no “nível do euro face às moedas asiáticas” e não tanto entre o câmbio do euro/dólar. E passa a explicar. “Uma parte da exposição da Europa ao risco de câmbio não é face aos EUA mas sim a outros países” de zonas emergentes. TSF 17.03.2008 - 17h39 AFP, Agências