sábado, 11 de outubro de 2025

Uma perspectiva antecipada



o CHEGA. Ganhador porque aumentará a sua votação face a 2021. Porque poderá conquistar câmaras — Sintra seria uma bomba política. E, acima de tudo, porque o mau desempenho da AD reforçará a tese de Ventura: a direita só governa com ele.
Mas há riscos. Se os resultados forem fracos comparados com as legislativas, o líder do Chega — que estará de corpo e cartaz colado a todos os candidatos — pagará a fatura nas presidenciais que se avizinham.

A Iniciativa Liberal tenta passar entre os pingos da chuva, amparada em coligações com a AD. Mas isso não prova nada. O verdadeiro teste é onde concorre sozinha — e aí tudo indica que está em estado terminal.

O Bloco, se não conseguir um resultado expressivo em Lisboa, entra em coma político. Já a CDU, por não ter embarcado na união antifascista de circunstância, pode sair reforçada: manteve coerência, identidade e foco local. Merece os votos que conquistar.

O Livre parece ter desaprendido a lição: cresceu à custa do declínio do Bloco, mas agora dá-lhe a mão em várias autarquias. Erro crasso. Se o BE recuperar às custas dessa aliança, o Livre assina o seu próprio fim. E será um fim patético.