sábado, 11 de outubro de 2025

Os “antifas” e os seus padrinhos: a subversão paga a pronto

Durante anos, as faixas negras e os slogans inflamados dos chamados “antifascistas” serviram para disfarçar um projecto político que tem muito pouco de “anti-fascista” e quase tudo de autoritário. São grupos de intimidação e violência de rua, especializados em transformar o espaço público em palco de agressão e ameaça. Mas — e este é o ponto crucial — as suas pedras não vêm sozinhas. Vêm acompanhadas de fluxos financeiros e de protecção política.
É aí que reside a verdadeira força deste movimento: não nos militantes de rua, mas na teia de financiamento e influência internacional que lhes dá cobertura e meios.
O verniz “libertário” e a realidade autoritária
Os “antifas” auto-apresentam-se como guardiães da liberdade, mas, na prática, agem contra ela. Não são democratas radicais — são radicais contra a democracia. Chamam “fascista” a todo o adversário político, legitimando assim agressões físicas e simbólicas, bloqueios, ameaças e campanhas de cancelamento.
A sua táctica política é conhecida: agredir em nome da “liberdade” para destruir a liberdade dos outros.

O combate desloca-se da rua para os cofres
A Administração norte-americana decidiu dar um passo mais largo e mais eficaz: atacar as linhas de financiamento. Foi durante a presidência de Donald Trump que a classificação dos grupos “Antifa” como ameaça terrorista foi formalizada, acompanhada de instruções às agências federais para identificar financiadores e canais de apoio logístico¹.
O objectivo é claro: secar as fontes de financiamento que transformam pequenos grupos de arruaceiros em exércitos organizados.

Quem financia e quem é financiado
As investigações — públicas e congressuais — apontam para uma constelação de fundações e redes de doação que alimentam infra-estruturas activistas de largo alcance: Arabella Funding Network, The Tides Funding Network, Neville Roy Singham, Johann Georg “Hansjörg” Wyss, entre outros².
Estes financiadores não entregam malas de dinheiro directamente aos capuzes negros — financiam estruturas intermédias, “think tanks”, ONGs, redes mediáticas e jurídicas que depois fornecem meios, logística e protecção a movimentos de acção directa.

O caso Soros: a Hidra de mil tentáculos
Nenhum nome se tornou mais emblemático neste contexto do que o de George Soros e da sua fundação Open Society Foundations. A influência global desta rede é amplamente documentada. Em 2017, a plataforma DC Leaks divulgou mais de 2.500 ficheiros que expunham estratégias e contactos da Open Society em toda a Europa³.
Nesses documentos constavam nomes de parlamentares, dirigentes políticos e mediáticos considerados “alinhados” com a agenda da fundação — incluindo várias figuras portuguesas, sobretudo ligadas ao PS, ao Bloco de Esquerda e ao Livre⁴.
Não surpreende, assim, que boa parte da narrativa mediática sobre os “antifas” tenda a ser conivente, minimizadora ou simplesmente silenciosa.

O alcance europeu
A influência destas redes não ficou confinada aos Estados Unidos. A penetração nas instituições europeias é profunda e antiga. No Reino Unido, em França, na Alemanha e nos próprios corredores da União Europeia, o activismo “progressista” de alta gama criou infra-estruturas permanentes de financiamento, advocacia e comunicação que alimentam movimentos e campanhas de rua, com forte alinhamento ideológico.
As redes de financiamento global não só alimentam grupos de intimidação política, como criam mecanismos de auto-protecção: equipas jurídicas, redes mediáticas e sistemas de influência institucional que escudam os grupos de rua de qualquer responsabilização efectiva.
E aqui está a questão política essencial: sem cortar as cabeças da Hidra, de nada servirá quebrar algumas pedras nas ruas.

…seguir o dinheiro
Os “antifas” não são um fenómeno espontâneo: são a ponta visível de uma teia global de financiamento, activismo e cobertura mediática. Combatê-los nas ruas é necessário, mas insuficiente. Para vencer esta batalha, é preciso seguir o dinheiro, expor os padrinhos e responsabilizar os beneficiários. 
  Notas
1 - Declarações e memorandos de segurança da Administração Trump sobre a classificação de Antifa como ameaça doméstica (2020–2025).
2- Registos públicos e investigações do Congresso norte-americano sobre financiamento político de grupos activistas (Arabella, Tides, Singham, Wyss).
3- DC Leaks (2017): ficheiros internos da Open Society, tornados públicos em https://tinyurl.com/bdf9pr9u.
4- Relatórios de imprensa e bases de dados públicas sobre beneficiários da Open Society na Europa, incluindo Rui Tavares (Livre) e deputados do PS e BE.
5- Audições no Congresso e memorandos do Departamento de Segurança Interna sobre instrumentos legais e financeiros para combater financiamento a movimentos de violência política (2025).