sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Uma “Flotilha da Propaganda”: mais útil ao Hamas do que a própria Gaza

O episódio da chamada “flotilha” revela muito mais sobre a política europeia e a comunicação social do que sobre Israel ou Gaza.
Não foi um gesto de solidariedade, nem uma tentativa séria de ação humanitária. Foi, isso sim, uma encenação política cuidadosamente desenhada para oferecer palco mediático ao Hamas e para reforçar a narrativa que apresenta Israel como agressor e os seus inimigos como vítimas indefesas.
O papel da comunicação social “ativista”
Mais uma vez, o chamado jornalismo “de causas” esqueceu o rigor para vestir a camisola do ativismo.
Em várias televisões portuguesas e europeias vimos reportagens cheias de dramatização, mas vazias de contexto. Nenhuma pergunta incómoda: o que aconteceria a estas mesmas mulheres e militantes LGBT se estivessem sob controlo do Hamas? O silêncio cúmplice da comunicação social é revelador: prefere repetir slogans a questionar realidades. Este alinhamento ativista, seja por ingenuidade ou por escolha, serve de caixa de ressonância ao terror. 
Quem paga a propaganda?
A grande pergunta que fica por fazer — e que raramente é investigada — é simples: quem financiou esta operação?
Navios, logística, viagens, estadias, campanhas mediáticas, advogados… nada disto é gratuito.
Que organizações no Ocidente, que redes europeias, que fundações ou partidos estão dispostos a gastar recursos para promover ações que, no fundo, legitimam e dão oxigénio a um grupo terrorista?
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O silêncio em torno desta questão é ainda mais ensurdecedor do que o ruído das reportagens feitas para comover e manipular a opinião pública.
A maior missão de propaganda do Hamas não acontece em Gaza, mas nos ecrãs europeus, com a ajuda de “idiotas úteis” disfarçados de ativistas e jornalistas.
A comunicação social militante, em vez de proteger a democracia, torna-se veículo de manipulação.
E enquanto ninguém perguntar quem financia e orquestra estas ações no Ocidente, estaremos condenados a assistir, vezes sem conta, à mesma encenação hipócrita — sempre em nome da “solidariedade”, mas sempre ao serviço do terror.