Ministro Rui Pereira defendeu a "auto-regulação" dos jornalistas ao noticiar crimes conjugando o direito a informar com outros direitos fundamentais que estejam em jogo.
Num seminário sobre "Comunicação Social em Contexto de Risco Público" realizado no Instituto de Ciências Policiais, em Lisboa, Rui Pereira defendeu uma "cooperação estratégica" entre comunicação social e forças de segurança como forma de conjugar interesses por vezes discordantes.
"Os interesses de uns e de outros não são sempre os mesmos", disse Rui Pereira, que frisou, no entanto, que "o regime de liberdade de imprensa que hoje existe é superior a qualquer forma de exame prévio ou censura".
Da parte da comunicação, deve haver "auto-regulação", defendeu, exemplificando com a atitude dos meios de comunicação relativamente à exibição de imagens de execução de reféns no Iraque.
"Isso poria em causa os direitos das pessoas, feriria gravemente os sentimentos das famílias e cheguei a temer que as imagens fossem transmitidas, mas a comunicação social auto-limitou-se, não as transmitiu", referiu.
Salientou, no entanto, que a transmissão de notícias sobre crimes pode "ajudar a reforçar o sentimento de segurança".
O critério para os jornalistas deve ser "a conciliação de vários outros direitos fundamentais com o direito a informar".
"Se a comunicação social quer informar cada vez mais e mais rápido, as forças de segurança também têm interesse em que a comunidade seja informada com segurança e protecção", disse o ministro. 29.04.2009 - 21h03 Lusa
ora bem, começam por "auto-regular crimes"!
depois dirão "quem não deve, não teme!" e, por ai a diante...até que
camaradas, companheiros e amigos começem a fazer a mala: o WolksWagen Preto está quase a chegar!