Em uma cerimónia onde os jornalistas acompanhantes, mais uma vez, se dedicaram a fazer figura de “corpo presente” na louca e diária caminhada repetitiva de “uma medida por dia” que já esqueceram:
O primeiro-ministro, na cerimónia da concessão Algarve Litoral, que prevê a requalificação na Estrada Nacional 125, defendeu que a política de investimento público do Governo é "absolutamente fundamental" para ajudar o país a sair da crise e que é mesmo um "imperativo moral" face à necessidade de criar emprego e considerou que esta é “uma intervenção estratégica, pois representa um investimento na segurança da via”.
Ao menos digam-me o que é, ou quem é, a Algarve Litoral!
Neste “dejà vu” que começou com 150 mil empregos o uso de palavras publicitariamente “fortes” é uma característica de alguns políticos a que dificilmente me renderei:
"imperativo moral" poderia ser trocado por "imperativo estratégico"
“uma intervenção estratégica” daria “uma intervenção fundamental"
"absolutamente fundamental" é incompreensível dado que fundamental engloba o absolutamente...
Lembro-me da velha anedota do antigamente: “ele falou muito bem...eu é que não percebi nada!”