A chamada “crise” está formalmente instalada e continuamos a telever ou rádio-ouvir uma imensidade de “sages” a debitar soluções para a resolver.
Curiosamente são os mesmos que ou nos conduziram á situação ou, pior, não a previram ou a esconderam!
Não acredito que seja possível qualquer recuperação se se mantiverem os actores nas mesmas peças e nos mesmos palcos.
A cimeira dos 20 não conseguiu consenso e por tal, não acabou com as yuppies stock options nem com o “financeiro lixo tóxico” da banca.
A moralização daqueles “prémios” poderia criar condições para estabelecer a necessária confiança nos mercados das classes mais desfavorecidas, incluindo a dos desempregados, e a destoxicação permitiria, aos novos pobres da antiga classe média, recuperar da situação de falência técnica em que se encontram. Qualquer dos casos devolveria a confiança nos mercados.
Quem pode acreditar, por exemplo, que terá que fazer poupanças, se elas irão ser geridas pelos mesmos que antes as desbarataram?
Que empresário irá investir, criar emprego, lançar produtos se verificar que nunca terá as compensações dos que improdutivamente, com as poupanças que outros amealharam, se posicionam em qualquer Forbes?
Lamentavelmente a negativa para estas questões vai em direcção á da inevitável “revolução popular”, porque não parece crível que aqueles protagonistas se afastem, de livre vontade, dos locais onde plantados, criaram raízes...
Pior, quanto mais tempo tardar a “revolução”, mais graves nos serão as consequências!
Estranho é saber que ela virá, que não será como as dos pretéritos, e não saber que formato tomará neste século XXI.