O Arctic Sea foi descoberto pelas 22h00 de domingo (hora de Lisboa) a cerca de 300 milhas ao largo do arquipélago de Cabo Verde pelo navio de guerra russo Ladnii.
O navio desapareceu dos radares a 28 de Julho, quando seguia da Finlândia para a Argélia, com um carregamento de madeira avaliado em cerca de 1,6 milhões de euros.
Os 15 tripulantes russos estavam vivos e já foram interrogados. Mas só nos próximos dias se saberá o que aconteceu nas duas últimas semanas.
Oficialmente, a embarcação transportava madeira. O diário britânico "Daily Mail" especulou a hipótese de transportar “armas para um grupo terrorista”.
As circunstâncias em que o cargueiro desapareceu estão ainda por determinar, mas nos últimos dias o Kremlin ordenou que navios de guerra e submarinos russos procurassem intensamente o "Arctic Sea", "uma vez que a bordo do navio viajavam 15 cidadãos russos", um óbvio pretexto para o envio de forças navais para o Atlantico.
Interessante notar que foi divulgado que as operações para encontrar a embarcação, que é propriedade da empresa finlandesa Solchart Management, foram acompanhadas por cerca de 20 países e realizadas pela Rússia em coordenação com a NATO.
Ainda mais interessante é o anuncio da Autoridade Marítima de Malta que recebera informações sobre um ataque ao cargueiro quando este ainda navegava em águas suecas e que teria sido um ataque perpetrado a 24 de Julho por homens armados que se terão feito passar por polícias suecos especialistas no combate ao tráfico de drogas.
Curiosa é a revelação da polícia sueca que, no final de Julho, a polícia teve acesso a fotografias de membros da tripulação do Arctic Sea feridos em sequência do ataque de 24 de Julho. “Trocámos e-mails com o comandante da embarcação no final de Julho, mas perdemos o contacto a partir de dia 31”, explicou a porta-voz daquela polícia que acrescentou: “Trabalhámos em cooperação com a polícia finlandesa e de Malta e trocámos informações”, não referindo as autoridades russas.
Note-se ainda que ao largo de Cabo Verde e até Marrocos se encontram vários navios da UE a controlar a emigração clandestina e o tráfico de droga... mas por razões que nunca saberemos, não detectaram aquele enorme cargueiro nos radares.
Esquisito... (baseado nas noticias disponoveis na CS em especial no PUBLICO.PT)
afinal parece que:
assim se enganam os tolos… e
Algumas das informações difundidas nas últimas semanas sobre o navio cargueiro Artic Sea são falsas e foram postas a circular de forma consciente pelas autoridades, admitiu, ontem, à ITAR-TASS, o embaixador russo junto da NATO, Dmitry Raogozin. O objectivo, disse o responsável russo, era enganar os media para que eles "não pudessem calcular as verdadeiras acções das forças russas". Não especificou, porém, o que é verdade e o que é mentira nesta novela que durou várias semanas e só terminou ontem com o resgate dos 15 tripulantes russos do navio ao largo do arquipélago de Cabo Verde.
O bizarro da história é que o cargueiro seguiu o seu rumo e foi comunicando normalmente com as autoridades inglesas e francesas. Até que deixou de dar sinal.
A Interpol lançou um alerta no dia 3 e desde então as pistas sobre o eventual paradeiro do navio começaram a surgir de várias partes.
O boletim marítimo russo Sovfrach disse que o navio desapareceu ao largo da costa portuguesa e dias mais tarde alguns jornais russos disseram que um piloto português avistara o navio na latitude do Porto no dia 2. Mas que este estava fora de águas portuguesas.
A Marinha e o Governo apenas disseram que o cargueiro nunca passara em águas portuguesas.
A Rússia mobilizou entretanto navios de guerra e submarinos nucleares para o Atlântico, enquanto os media internacionais já falavam na participação de vários países nas buscas. Portugal não confirmou a sua.
Antes Malta informava que o Arctic Sea não passara no estreito de Gibraltar e que se dirigira para o Atlântico - algo que reforçava a teoria de um novo tipo de ataque pirata ou mafioso.
A Comissão Europeia disse que o navio fora atacado uma segunda vez ao largo de Portugal.
A polícia finlandesa disse que o armador recebeu um pedido de resgate de 1,5 milhões de dólares.
O armador desmentiu e disse que o navio se avariou.
O embaixador russo em Cabo Verde confirmou e desmentiu que cargueiro estava ali perto. Algo que, afinal, se provou ontem corresponder à realidade.
… e isto foi retirado de um DN muito “bem informado”