A queda de preços na indústria continua a agravar-se. O índice de Preços na Produção Industrial do INE registou uma queda homóloga de 6,8 por cento face a Julho de 2008, quando em Junho era de 5,6 por cento e já se tinha acentuado face a Maio.
De Junho para Julho foi de 0,3 por cento contrariando a variação positiva de 0,4 por cento de Maio para Junho que levou Secretário-Geral Socialista ou, talvez o presidente do Conselho de Ministros (nunca sei quando um é outro), a declarar o fim da "recessão técnica" (coisa que também não sei o que é).
A variação média dos últimos 12 meses ficou um -1 por cento e a variação homóloga de preços na indústria está em queda desde pelo menos Julho de 2008 e é negativa desde Dezembro.
Isto é, a temível deflação está para durar e Maio foi um acidente obtido pela contração dos consumos.
Assim,
Os principais contributos para a variação negativa do índice total, que desceu de 108,7 para 108,4, foram dados pelas taxas de variação homóloga de bens energéticos, -12,5 por cento (-9,7 em Julho), e de bens intermédios, -8,5 por cento (-7,7 em Julho).
A variação de preços na indústria transformadora foi mais negativa em termos homólogos, -9,1% e mais ligeira em termos mensais -0,1%.
A média dos últimos 12 meses está em -2,4 por cento.
Os valores citados nestes dois ultimos paragrafos irão dar ao nosso Primeiro ou a Secretário deles a possibilidade de fazer mais um grande discurso sobre a tal "recessão técnica" termo apenas reconhecido por alguma já extinta universidade (convenhamos que, também por este neologismo, deu muito jeito...)
os valores citados foram baseados na noticia do "ECONOMIA - PUBLICO.PT