Antes de prorrogar a concessão do terminal de Alcântara, a Administração do Porto de Lisboa solicitou dois pareceres jurídicos. Ao ministério das Obras Públicas e a um escritório de advogados.
O primeiro era desfavorável ao prolongamento da concessão sem concurso público,
o segundo defendia que o ajuste directo à Mota Engil é “a solução mais adequada ao interesse público que se encontra ao dispor da APL”.
Mesmo estabelecendo, nas palavras do Tribunal de Contas, “um mau negócio para o Estado e um mau exemplo de gestão financeira do sector público”, foi este último que prevaleceu.
O que não se sabia, e é elucidativo sobre a forma como o Estado e demais institutos públicos recorrem a conselhos técnicos “independentes”, é que o escritório em causa, Vieira de Almeida, tem a Mota Engil entre os seus principais clientes, fazendo mesmo parte do consórcio criado por esta construtora civil para concorrer à privatização da Ana e à construção do novo aeroporto. Está visto. Dia a dia, o negócio de Alcântara melhora. in arrastão
se um dia isto muda... muita gente vair explicações a dar!