"O insucesso escolar caiu para metade em 12 anos mas o 12.º ano continua a ser o mais difícil: um em cada três alunos chumba"
Foi na Secundária D. Diniz que, em 2007, que Pinto de Sousa anunciou o Programa de Modernização das Escolas.
Em Setembro de 2008, Cavaco Silva visitou-a por ser uma das primeiras a ficar pronta no âmbito do programa de renovação.
Em Novembro do ano passado, Lemos e Pedreira, que ali iam reunir-se com directores se outras Secundárias, escaparam a uma chuva de ovos dos alunos que protestavam contra o Estatuto do Aluno.
Pinto de Sousa lá regressou aos bancos da escola para ouvir a “cetôra” Lurdes explicar que desde 1995 o sistema de ensino perdia alunos e registava níveis de insucesso e abandono muito elevados e em power-point (inglês técnico) sobre o “quadro branco” leccionou-lhe que "hoje pode-se dizer que a tendência se inverteu".
Mostrou-lhe números apresentados:
Quando, em 1996/97, António Guterres era primeiro-ministro, o insucesso atingiu 15,5 por cento dos estudantes do básico.
Oito anos depois, em 2004/05, era Santana Lopes o primeiro, a taxa de retenção diminuiu e foi de 12,2 por cento. Melhorou 0,4% ao ano, sempublicidade nem greves.
Em 2008/09, o Querido Líder já primeiro há mais de 4 anos, a taxa de insucesso global situou-se nos 7,7 por cento. Apesar da publicidade apenas foi melhor 0,9 % ao ano.
O gráfico que a "cetôra" apresenta é elucidativo. Os mais atentos, ou os mais criticos, verificam que as variações apresentadas são minimas. Isto é a diferença de S.Lopes para A.Guterres foi de 3,3% e, a actual, de P.de Sousa para S.Lopes é de 4,8%, números que ficam á consideração dos leitores...mas não justificam o "embandeirar em arco".
De 2005/06 a 2007/08 nada disse... provavelmente por falta de tempo ou porque o atento “de novo aluno”, a exemplo dos actuais alunos decidiu acabar com a aula.
Paulo Guinote, autor do blogue “A Educação do Meu Umbigo”, admite que o Estatuto do Aluno (em especial as mudanças feitas pelo actual Governo na contabilização das faltas) ajudem a explicar algumas destas melhorias.
É que o novo estatuto "tornou parte do abandono estatisticamente indetectável e quase eliminou administrativamente os chumbos por faltas".
Isto porque, segundo o Guinote, as provas de recuperação, a que são sujeitos os alunos que ultrapassem o limite de faltas ou de negativas, variam de escola para escola e permitem que um jovem que não frequenta as aulas seja aprovado apenas com um teste ou um trabalho.
Paulo Guinote, eu e outros críticos do actual sistema, não estivemos na aula da “cetôra” Lurdes. Teremos que efectuar as provas de recuperação?