sábado, 19 de janeiro de 2013

dos spin doctor à desinformação


Um spin doctor é um especialista em comunicação política, que pode escrever discursos, dirigir campanhas, ser um comentador de ou pró um partido político ou de um governo, um perito em estudos de opinião, ou um técnico de “opinião publicada”.
Normalmente é um ex-jornalista, um ex-politico ou um ex-publicitário, por vezes chamado de assessor de comunicação, que utiliza informações, por regra manipuladas, que serão apresentadas aos mídia e à opinião pública com a finalidade de ganhar para o empregador um melhor posicionamento pessoal ou eleitoral. Àqueles se juntam os agora chamados comentadores ou politólogos.
Os spin doctor tem como finalidade seleccionar as informações que considera desejadas para conseguir aconselhar, influenciar e manipular, ou seja, levar os outros a agir ou a pensar “o que nós queremos”, isto é, a criar factos que desviem as atenções do essencial mas desfavorável.
Também é discreto, tem acesso directo ao poder, cria mensagens, que contêm os chamados soundbites, alimenta a opinião pública, através de factos políticos que são divulgados pela comunicação social e beneficia da desregulamentação da actividade que leva a que, muitas vezes, se negue a sua existência, como afirma Cátia Santos in Estratégia em Comunicação.
Os spin doctor “trabalham” em desinformação, a desinformátsya que Lenine adoptou e melhorou das técnicas prussianas da 1ª Guerra Mundial baseadas em Sun-Tzu que diziam que "a arte da guerra consiste substancialmente de engodo".
A maior parte das nossas classes mesmo as apelidadas de mais cultas não sabem o que é desinformação. Imaginam que é apenas informação falsa para fins gerais de propaganda. Ignorando por completo que se trata de acções perfeitamente calculadas em vista de um fim.
Desinformação não é o acto de não-informar ou o de "retirar a informação".
Desinformação é algo meticulosamente pensado e exercido nos meios de comunicação de massa fazendo com que ajamos de determinada forma sem que disso nos apercebamos e somente comparável com as mensagens subliminares que a ciência da Gestalt estuda. in O que é desinformação por Olavo de Carvalho
Mas se as mensagens subliminares estão sendo pouco a pouco desmascaradas... a desinformação, não…
 
Vem isto a propósito de algumas manchetes dos nossos mídia com obvias mensagens subliminares:
- “Autarcas desafiam governo e vão dar folga no Carnaval”, no dn 18 de Janeiro, ignorando que Administração Local e Regional é diferente de Administração Central e por isso o governo é “mau prá gente!”.
- “Governo penaliza Norte com mais portagens”, no jn de 18 de Janeiro, reforçando a subliminaridade nortenha que alcunha de “mouros” os cidadãos do Sul e, também o governo é “mauzinho!”.
- “Alemães montam banco do Estado”, no cm e 
 Alemanha já está a assessorar novo “banco” de fomento”, no expresso de 19 de Janeiro, apelando à germanofobia nacional.
- “FMI propõe subida do IVA para a cultura e o vinho”, no dn e
 FMI ataca no vinho”, no jn de 19 de Janeiro, juntando o detestável imposto à nossa muito querida raiz agrícola.
- “FMI queria que Passos fosse mais longe nos impostos”, no público de 19 de Janeiro, preparando os contribuintes para mais austeridade e desculpando o governo que até é “bonzinho”.
 
Diariamente, os spin doctor, presenteiam-nos com este tipo de mensagens que nos vão formatando “à medida” e transformando governos, oposições e cidadãos em vulgares marionetas.
Para quê?