"Acho que o país está um bocadinho cansado das crises artificiais e desta tentativa de distorcer e de aproveitar qualquer coisa para querer fazer uma tensão enorme no país. Sei bem o que disse e mantenho o que disse", afirmou Passos Coelho, em declarações aos jornalistas.
O Primeiro-Ministro foi confrontado pelos jornalistas com as críticas da oposição em relação a um discurso que fez na sexta-feira no qual apelou à "cultura de risco" e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser "uma oportunidade para mudar de vida", contraditórias com outras feitas, no mesmo dia, pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que considerou que "a satisfação de vida de um desempregado não se recupera". MP. Lusa
Como convém ao jornalismo de “vai-vem”, questionado pela Lusa “à margem da conferência do LIPP, que lhe substitui os fins-de semana autarquicos, Seguro comentou a afirmação do primeiro-ministro sobre o desemprego ser uma oportunidade, afirmando que "foi mau demais" e que os portugueses estão "chocados", acusando-o de "insensibilidade social" e de estar "ausente da realidade". JF/(MP). Lusa
O impreparação de Passos Coelho é cada vez mais notória e bem demonstrada quando confrontado com jornalistas, formados à maneira britânica dos tablóides e obviamente bem treinados nas nacionais escolas de comunicação, para quem apenas “uma má notícia é uma boa notícia” e habilíssimos a retirar frases do contexto.
É altura de Coelho deixar de ser comentador de si próprio porque cada emenda é-lhe pior que o soneto e apenas serve para “alimentar” a camoniana Lusa, as manchetes dos jornais e uma oposição completamente controlada pelos jornalistas que temos.
Convenhamos que isto que serve a PPC é aplicável aos “nossos” ministros, e num futuro próximo ou longínquo, ao Seguro e a quase todos os comentadores que se sentam como deputados nas bancadas da Assembleia “deles”.