A chancelerina alemã sugeriu ao Presidente da Republica Helénica que a Grécia organize um referendo sobre a permanência na zona euro a par das eleições legislativas, revelou um porta-voz do governo de Atenas. PCR . Lusa
Qualquer político medíocre tem obrigação de saber que um “governo de gestão” serve apenas para gerir assuntos correntes e referendo é algo demasiado sério para ser considerado de gestão corrente.
O desconhecimento de Merkel e dos assessores que a rodeiam é estranho, ou talvez revelador, da forma errática como a Alemanha quer “germanizar” a politica europeia ultrapassando tradição, cultura e, neste e noutros casos, a legislação dos países que compõem a União.
Mas, rapidamente, um porta-voz do governo alemão a veio corrigir declarando à agência noticiosa AFP : "As informações divulgadas, onde se refere que a chancelaria sugeriu um referendo ao Presidente grego Carolos Papoulias, são erradas noticias ", transformando Papoulias num vulgar mentiroso...
Mas quanto a "ignorância" dos políticos vale a pena transcrever Nuno Castelo-Branco no Estado Sentido: “Num tempo em que os símbolos são ignorados pelas sapiências deste nosso já longo momento histórico, a Chanceler da Alemanha acolheu o recém eleito presidente francês com esta marcha prussiana que nos enche os tímpanos com duas vezes Sedan, Verdun e mais duas entradas em Paris. Poucos terão reparado na ironia subjacente à criteriosa escolha da composição executada pela banda da guarda de honra.” Castelo-Branco refere-se à Preußischer Präsentiermarsch que a chancelerina tem “oferecido” àqueles combateram contra a Prússia, Barack H. Obama incluído.