"No primeiro dia em que a administração presidida por Almerindo Marques tomou posse, era eu director-geral, fui chamado" ao presidente da RTP que me disse que ou saía com acordo ou lhe levantaria "um processo disciplinar por uma qualquer coisa".
Rangel explicou ainda, na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, que o administrador lhe disse que tinha de sair da empresa numa altura em Nuno Morais Sarmento era o ministro responsável pela pasta...
Emídio Rangel afirmou ainda que em Portugal não há défice de liberdade de expressão e adiantou que nunca foi pressionado. Digital
O ex-director da TSF, da SIC e da RTP, criticou ainda Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz, que «abençoou» aquilo a que chama de «jornal horrendo da TVI», o director do Sol que «não cumpriu o exercício do contraditório», José Manuel Fernandes e Paulo Portas, que fez «jornalismo sem respeitar os direitos humanos».
«Nesta roda entraram» há pouco tempo a «Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público», que são centrais de gestão de informação processual «concretizada através da promiscuidade com jornalistas», criticou.
Os sindicatos «obtêm documentos de processos e trocam esses documentos com jornalistas nos cafés», acrescentou.
Emídio Rangel lamentou o «cortejo lacrimejante de jornalistas que se queixam de pressões», pediu aos deputados para lutarem «contra a descredibilização do jornalismo sério». TSF