Portugal tinha três objectivos ao entrar na Guerra de 1914-1918:
- defender as colónias (desde 1914 que os alemães atacavam Angola e Moçambique);
- reconquistar as boas graças dos ingleses (reforçar os laços de aliança);
- afirmar o regime republicano e em especial o Partido Democrático que governava Portugal chefiado por Afonso Costa, porque a corte inglesa rejeitava o nosso regime republicano e preferia a monarquia em Portugal.
Ao CEP - Corpo Expedicionário Português - deparava-se dificuldades extremas que depois da Revolução de Dezembro de 1917 (Sidónio Pais), ainda agravaram mais ainda as condições em que os soldados viviam: sem rendição, sem uniformes e praticamente sem comida.
O sector guarnecido pelos Portugueses era talvez o pior da zona, em termos de salubridade. Humidade, lama e ratazanas conviviam com soldados famintos, que se sentiam abandonados pelos seus oficiais e pelo seu País.
Dos 20.000 soldados que compunham o CEP, cerca de 15.000 encontravam-se nas linhas da Frente, comandados pelo General Gomes da Costa.
No dia 8 de Abril de 1918, as tropas finalmente ouviram a notícia pela qual tanto ansiavam: no dia seguinte iriam ser transferidas para as linhas da retaguarda…
mas,
Na madrugada do dia 9 de Abril, a ofensiva decidida pelo General von Ludendorff levou 50.000 alemães avançaram sobre as trincheiras portuguesas, com efeitos desastrosos: 7.500 baixas do lado português!
O maior desastre das Forças portuguesas pós Alcácer Quibir.