A crise da zona euro piora de forma dramática.
Temendo o fracasso do país mais pobre da Europa Ocidental os investidores fugiram-nos em massa e a bolsa desabou após a agência de notação de crédito, S&P, desclassificar os títulos portugueses.
A crise da dívida, assim, ameaça tornar-se um perigoso incêndio.
A propagação dos riscos de falência a Portugal, e possivelmente a países maiores, caso da Espanha e da Irlanda, começa a ser internacionalmente considerada como um cenário de horror e sobrará para as nossas débeis economia e finanças.
A falta de solidariedade da UE, que tem como ponta visível as semanas de indecisão, especialmente alemãs, sobre o pacote de ajudas proposto para a Grécia, mostra nas Bolsas, os enormes danos que causou e reflecte-se já em Portugal.
O título do Finantial Times, Jetzt brennt auch noch Portugal, parafraseando Adolf Hitler no fim da guerra com o seu “Paris ist bereits am Feuer?”, mostra a situação dramática a que chegámos e que ainda não foi percebida pela maioria dos portugueses.
A reunião do líder do PSD com o Primeiro-Ministro dificilmente trará resultados, apesar da solução de unidade nacional agora, tardiamente, proposta pelo pior ministro das finanças da UE ser, sem dúvida, uma solução.
Mas terá que ter consequências: Não é aceitável que para apagar o fogo se mantenham no poder os incendiários...