A Câmara de Lisboa apresentou hoje uma contraproposta ao projecto governamental para minimizar os efeitos da construção da terceira travessia do Tejo. Segundo o vereador Manuel Salgado, a nova proposta vai custar um décimo de todo o projecto.Na prática, disse o vereador do Urbanismo, a proposta significa o chumbo do projecto do Governo no que toca às ligações de estradas e vias ferroviárias entre a nova ponte e as estruturas de circulação já existentes na cidade. 19.11.2008 - 20h06 Lusa
«Todas as sugestões que contribuam para melhorar o projecto terão certamente acolhimento e serão consideradas e serão analisadas da sua exequibilidade», assegurou, esta quarta-feira, Mário Lino.
«Várias entidades certamente se vão pronunciar dando sugestões sobre as mais variadas questões relacionadas ao projecto, como é habitual nestes projectos e nós tomaremos conhecimento dessas sugestões e serão todas devidamente ponderadas».
A tutela aguarda agora pelas conclusões do processo de consulta pública, que termina a 9 de Dezembro.
O projecto reprovado compreende
- o troço da rede ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa (Moscavide) e a Moita, numa ligação de 19,7 km, estabelecendo a ligação entre o troço Lisboa/Alenquer (Ota) do Eixo Lisboa/Porto, a Norte, e o troço Moita/Montemor-o-Novo do Eixo Lisboa/Madrid, a Sul.
- o caminho-de-ferro convencional, com cerca de 15,4 quilómetros de comprimento entre Lisboa (Moscavide) e Barreiro (Lavradio), estabelece a ligação entre as linhas de Cintura e do Norte, em Lisboa, e a Linha do Alentejo, no Barreiro.
- a componente rodoviária, com uma extensão de 15,5 quilómetros, desenvolve-se entre o nó da Av. Santo Condestável com a Av. Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, e o IC21 até à Quinta da Lomba, no Barreiro e
- a ligação entre o Seixal (Siderurgia Nacional) e o Barreiro (Quinta da Lomba), com uma extensão de 4,6 km, que inclui uma travessia sobre o rio Coina.