Pela primeira vez, está preto no branco. A Comissão Europeia (CE) acusou hoje as empresas farmacêuticas europeias que produzem medicamentos originais de atrasar ou entravar a entrada de genéricos de mercado.
No relatório preliminar de centenas de páginas em que o sector é analisado, Portugal surge com destaque pelos piores motivos. Tudo porque o país é recordista no número de acções judiciais que impedem a chegada dos genéricos às farmácias. No total, denuncia a CE, há mais de 70 processos pendentes nos tribunais portugueses e alguns arrastam-se há mais de um ano.
Dos 75 casos pendentes na Europa que contestam as Autorizações de Introdução no Mercado (AIM) dos genéricos, 58 estão a decorrer na justiça portuguesa. Somando todas as acções judiciais que, de alguma forma, fazem com que os genéricos tenham de esperar para entrar no mercado, Portugal terá mais de 70 casos pendentes. 28.11.2008 - 20h13 por Andrea Cunha Freitas
não esqueci:
Genéricos mais baratos
A partir de hoje os medicamentos genéricos estão mais baratos.
Os preços desceram trinta por cento. rtp 2008-10-01 15:06:11
impossibilidade de os adquirir
Várias farmácias estão a entrar em ruptura de "stocks" de medicamentos genéricos por ausência de um período transitório na redução do preço que entrou em vigor no início do mês, alertou a Ordem dos Farmacêuticos.
Ao contrário de outras reduções no preço dos medicamentos decretadas pelo Governo, em que foi concedido um prazo para escoamento dos medicamentos com preço antigo, desta feita o Ministério da Saúde impossibilitou a vigência de um período transitório, levando à devolução aos distribuidores de milhares de embalagens.
...
Segundo os farmacêuticos, a redução do preço dos medicamentos genéricos, em vigor desde 01 de Outubro, ainda não permitiu o regular funcionamento do mercado, "como comprovam as rupturas de stocks em diversas farmácias e as várias reclamações dos utentes que se vêm na impossibilidade de adquirir os medicamentos que tomam habitualmente". JN 2008-10-22