A manifestação de estivadores fez-se por oposição à Proposta de lei do Governo que, entre outros, insere a contestada limitação ao tecto máximo de 250 horas de trabalho extraordinário por ano.
A Proposta que vai ser votada favoravelmente pelo grupo
parlamentar do PS e pela maioria está também a ser fortemente contestada pelos
grupos parlamentares do PCP e do Bloco da Esquerda.
As greves assumidas apenas por cerca de 200 dos 900 trabalhadores do
sector e decretadas apenas por 2 dos
11 sindicatos dos trabalhadores portuários e que estão afectar 4 dos 16 portos nacionais há mais de três meses já devem ter causado prejuízos de 1.200 milhões de euros.
Desde que a greve dos estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal e mais
sazonalmente de Aveiro e Figueira da Foz, teve início, que o porto de Leixões -
juntamente com o de Sines - viu a sua actividade anormalmente acrescida, na
mesma proporção em que as empresas exportadoras têm desviado a sua actividade
expedidora para as estruturas onde não são surpreendidas com a ameaça de novas paragens.