sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A traição do voto útil

"Deve ser um mal meu, mas não compreendo quem diz “votar útil” num partido. Não compreendo, nem nunca compreendi. Talvez seja a minha veia romântica a falar. O eterno compromisso de estar bem comigo mesmo. Um detestar do “jogo político” ao estilo Maria-vai-com-as-outras-que-se-não-fores-não-vai-nenhuma. Votar útil significa “votar num mal menor”. Representa acreditar numa política, acreditar num programa eleitoral, acreditar, enfim, num partido e votar noutro, com o intuito, normalmente, de se afectar um terceiro partido. É pior que “engolir um sapo”, na ida expressão dos comunistas portugueses. Imagino que seja, concerteza, ir para a cama na noite eleitoral com um arrependimento de alma, com um travo amargo a traição. As mais das vezes, a perguntar-se “para quê?”. ... O voto de cada um é um bem precioso. É um poder que exercemos poucas vezes na nossa vida. Devemos desperdiçar esse poder naquilo em que não acreditamos, com a suposta justificação de querermos evitar um mal maior que seria a vitória de um terceiro partido? Bem sei que muitos dirão “sim”. Eu digo Não!
..." ler o artigo completo de Afonso Arnaldo in Rua Direita