O saldo da Segurança Social caiu 63 por cento nos primeiros sete meses de 2009 por comparação com o mesmo período de 2008. Esta foi a maior queda deste saldo em toda a legislatura, numa altura em que se previa apenas uma queda de 44 por cento em 2009.
De acordo com um relatório do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, citado pelo Diário de Notícias, entre Janeiro e Julho de 2009, a Segurança Social registou um saldo de apenas 467 milhões de euros.
Esta é a maior queda neste saldo em toda a legislatura, isto numa altura em que se previa um decréscimo no saldo da Segurança Social de apenas 44 por cento para 2009, sendo que a Direcção-geral do Orçamento previa mesmo um saldo positivo de 1179 milhões de euros.
Nos primeiros sete meses de 2009, a receita corrente cresceu 2,8 por cento, ao passo que a despesa aumentou 10,4 por cento em termos homólogos, um aumento justificado pelo complemento solidário para idosos, pensões, subsídios de férias.
O rendimento mínimo e o subsídio de desemprego, que nestes sete meses aumentou mais de 26 por cento em relação ao mesmo período de 2008, são outras das razões apontadas para o decréscimo no saldo da Segurança Social. TSF
Um antigo dirigente do IGF da Segurança Social considerou preocupante a situação no saldo da Segurança Social numa conjuntura em que o número de desempregados vai continuar a aumentar, situação vai afectar não só o lado dos subsídios de desemprego, mas também na receita que a Segurança Social vai deixar de cobrar.
«O grande drama é que as pequenas e médias empresas vão gerar cada vez mais desempregados», acrescenta Pereira da Silva, que considera normal haver aumento das despesas quando o número de desempregados sobe.
A actual situação da Segurança Social apenas tem paralelo com o que aconteceu na década de 80 aquando da crise de então a que se juntou o acordo com o FMI.
«O desemprego chegou acima dos 10 por cento. Só que naquela altura conseguimos absorver os desempregados. Agora estamos numa nova fase da economia em que muitos dos desempregados já não têm condições para voltarem ao mercado de trabalho». TSF
Acrescentem-se as falências em progressão geométrica das PME e os postos de trabalho extintos nestas e nas grandes empresas Industriais, de Comércio e Serviços que deixam de contribuir para a Segurança Social e veremos como a situação está má.