Ao que parece não só os dois se conseguiram entender, como demonstraram que muita coisa liga dois partidos com filosofias diferentes, mas objectivos iguais, num País que teima em suicidar-se.
Embora umbilicalmente ligado a uma Constituição caduca e, cada vez mais, menos aplicável, Jerónimo de Sousa, acaba a defender os mesmos objectivos de um Paulo Portas, teoricamente um liberal.
Parece-me que os dois acertaram no necessário:
Mais que ideologias, o País precisa de Objectivos;
Mais que maledicências do centrão, o País precisa de uma Politica de Identidade Nacional;
Mais do que distribuir tachos centrões o Pais precisa de ética.
Para quê perder mais tempo com PS’s, com ou sem D’s, como se de um qualquer campeonato futebolístico se tratasse? Afinal a encosta prás Antas e a Segunda Circular não estão neste “campeonato”.
Para quê tantos pequenos e micro jornalistas andarem a convencer-nos que só os pró pré-tachistas do Centrão nos podem conduzir a bom porto, quando sabemos dos contentores que destroem Alcântara ou das retretes com biblio-esgoto escondido atrás bidé?
Para quê politólogos (que f.p. de nome!), economólogos (eu sei que não existe... mas é bonita) e os outros adivinhos e cartomantes a xatearem-nos em tudo quanto é para vermos e ouvirmos?
Para quê tanta treta quando nos extremos se conseguem consensos?
Porque com eles, na ponta de uma qualquer esferográfica, talvez consigamos a democrática revolução que, um dia, quisemos e ainda não conseguimos.
Portas e Jerónimo: Parabéns por me terem dado uma forte lição do que é a Democracia quando o País está a Avançar... á beira do abismo.