O Governo aprovou hoje suspensão do PDM que a Câmara de Lisboa discutiu ontem. Poucas vezes a pressa terá sido tanta, ou a eficácia da máquina governamental tão grande: O Conselho de Ministros aprovou hoje a suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa, pouco mais de 12 horas depois de a Câmara ter aprovado uma proposta em que se compromete a emitir um parecer sem o qual o Governo não poderia tomar a decisão que tomou.
A resolução governamental determina a suspensão do PDM na área do Quartel da Graça, por um período de três anos, por forma a viabilizar a sua mudança de uso para fins não militares, nomeadamente hoteleiros, e a cedência ao município dos seus logradouros para criação de um espaço verde. Nos termos da lei, a decisão do Governo tinha de ser precedida de parecer camarário.
Sucede que, ontem de manhã, a autarquia ainda não tinha emitido tal documento e que hoje à tarde a sua existência continuava a suscitar dúvidas. Isto porque o executivo camarário, por proposta do seu presidente, António Costa, limitou-se a aprovar, ontem, o texto de um protocolo a celebrar com o Ministério da Defesa no qual “a Câmara aceita emitir parecer favorável” àquela suspensão do PDM." PUBLICO.PT
Este notável texto de José António Cerejo merece uma leitura atenta e uma reflexão para uso futuro daqueles que acreditam que o voto é a arma do povo.
Alfacinha, nado e criado, custa-me ver aquele espaço que, saído da servidão militar, é “distribuído” sei lá a quem e porquê, sem me ter sido dada a oportunidade de opinar sobre o seu destino.
Antes assim acontecera com a Gare Marítima de Alcântara onde um belo pedaço da cidade e do Tejo foi "distribuido" a uns amigos que de Lisboa nem o "cheiro lhe conhecem".
Sinal dos tempos que correm em que o(s) poder(es) tomam como seu aquilo que é nosso!
votem neles e depois... queixem-se!