Em comunicado de imprensa o PCP refere que o anúncio de 176 mil euros de prémios a três gestores da Parpública constitui ainda «uma ofensa a todos quantos são obrigados a viver dos seus magros salários ou vêem ser-lhes negado o acesso ao subsídio de desemprego».
«O Governo justifica, com o maior dos descaramentos, que gestores públicos possam receber, para lá dos seus vencimentos, em geral bastante elevados e com uma série de regalias, prémios de gestão superiores a 50 mil euros. Se existem contratos que dizem tal coisa, esses contratos são manifestamente um escândalo».
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou hoje, em Faro, que os gestores da Parpública receberam prémios de mais 176 mil euros do Estado por terem cumprido os objectivos traçados e estabelecidos em contrato.
À margem de uma sessão de esclarecimento do Programa de Qualificação-Emprego, que decorreu hoje em Faro, na Escola de Hotelaria e Turismo, Teixeira dos Santos foi questionado pelos jornalistas se em tempo de crise mundial tal prémio não seria demasiado alto.
O responsável pelas pastas da Economia e Finanças afirmou que o «Estado é uma pessoa de bem» e que «respeita os contratos que celebra».
Segundo o jornal Correio da Manhã, três administradores executivos da Parpública receberam este ano bónus superiores a 50 mil euros cada por sete meses de exercício de 2007.
A Parpública - Participações públicas foi criada em 2000 com o objectivo de ser o instrumento do Estado para assegurar a gestão de empresas em processo de privatização, nomeadamente a TAP, Galp ou Companhia das Lezírias.
que pensarão os 500.000 desempregados e/ou os 20% dos portugueses que vivem ou estão em risco de viver em situação de pobreza e todas as PME a quem "o estado pessoa de bem" ainda não pagou o que lhes deve!