sábado, 4 de julho de 2009

precisamos da “bengala”

De trapalhada em trapalhada o partido que ainda nos governa começa a arriscar-se a ser beneficiário do Efeito Bola de Neve! Inicialmente favorecido pelo maior Estado de Graça de que tenho memória. Apenas o Bill americano teve um tão longo e até a Margarida dos Ingleses o teria menor não fosse a asnada dos dançantes de Malambo… Quatro anos é demasiado tempo para que a maioria dos infantes comentantes se lembrem daquele “excelente” trabalho que inicialmente fizeram em prol de tão corajosas personagens que, com a auto-nomeada mão de ferro, nos estavam a dirigir. Não havia Magalhães e por tal, mesmo excluindo a preguiça mental de que não os culpo. Não tinham acesso nas arcaicas NT do “deles” aos factos antigos nos mais recentes papéis e os acontecimentos ainda atrasados estavam guardados em locais secretos e longínquos que tinham um nome estranho, Bibliotecas, que, espanto, eram de pedra ou de cimento e não um cd-dvd que roda numa caixinha! Não podiam, repito, vasculhar o passado, mais recente ou longínquo, e usá-lo como padrão. Por isso vos desculpo… jovens comentantes politólogos e jornalistas sempre estagiários. Por isso louvo os poucos de uma nova elite que se vêm elevando neste passado muito recente!
Mas, a “velhice” que é um posto, por muito que desagrade á pior ministra do século (ainda pior que a agora candidata laranja), permitiu-me a mim, e a outros “velhos”, relembrar e principalmente, recordar tempos passados de bufos, caxias e peniches, em que o horizonte se finava nas matas guineenses ou no cosmopoliticanismo helvético. Deixou de existir a “trapalhada sampaína” que só se aplicava ao Lopes e sem Caxias ou Peniche o que estávamos a viver era-o em tudo semelhante, mas mais simplex. Em pouco tempo senti-me de volta ao Estado Antigo via a recém elegida palavra: “denunciem!”.
Nem queria acreditar: Outra vez!
Mas era o que se lia ou ouvia nos meios comunicantes… Depois avançaram as acções controleiras (resquícios de um passado também recente mas desconhecido dos yuppies sem memória): - Apareceu o televisivo CU e chip da matrícula, sem protestos que o controlo era democrático e todos conhecem a “inquestionável honestidade canhota” - Que importa que um juiz de um mês passe a ministro do todo e ele até é experiente controleiro; - “Arrastão no 10 de Junho”? Manda-se desaparecer das páginas dos jornais; - Os senhorios poderão aceder às declarações de IRS dos inquilinos? O governo garante-o e nem um protesto se ouviu ou leu… caramba! Isto democraticamente da esquerda; - O pior período de fogos na nossa muito ardida floresta é passado no Quénia (“não faz cá falta”, garantiu-nos o Santos da Costa, e ninguém o percebeu!) - Que dizer do “paraíso sem crise”? Isso era doença da estranja, repetiam os apóstolos-papagaios! Mas a doença chegou e, com a força do que vem atrasado, começaram a aparecer os milhões… de onde não sabemos! Apenas de memória e ao correr da pena estas são trapalhadas e "bufadas" que deviam fazer corar de vergonha muitos sampaínos e outros comunicantes.
(.. acabou de me ocorrer: alguém ouviu ou leu um “discurso de estado” ao “nosso Primeiro Milhões? ) Tal como o azeite, veio ao de cima a derrocada europeia que apesar do esforço do avô, das anas e das elisas, conseguiu apagar o sexualmente conotável do “conseguimos, pá!” Depois foram para as calendas PT-Prisa, TGV, aeroporto, ponte, estradas-rosa e nasceram cornos em ministro quase em beradino emprego… Seguiram-se, desvairadas com os péssimos resultados obtidos em estudos baratos, as Sondadoras que começam timidamente a fornecer resultados preocupantes (apesar dos cuidados que os sondadeiros ainda têm que ter com os clientes PaganteS!):
O PC já está a par do BE,
o CDS ultrapassa os 4 por cento e
o Partido Laranja vai acima do do Governo ...
Pouco a pouco os “apóstolos” estão a deitar a mão às novas 30 moedas e tornam-se em ratos de abandono...
Do Novo Mundo aparecem novas parábolas e epistolas para pregar nas novas cruzadas…e evitar fugas do barco!
Que sairá daqui?
- a ver vamos, dizia o ditado antigo! Mas o Efeito Bola de Neve pode revelar-se em legislativas e, logo após, vir a avalanche autarquica, porque é sabido que um terço dos "tugas" tem a mania de "botar no mais primeiro" (uma virtude adquirida nos estádios de futebol!) Ao longo deste 35 anos o PS foi-nos um partido “bengala”. Nos idos de 75 quando marxistas, trotskistas e maoístas tentaram o “assalto”, foi com ele que contámos para rebentar com a “muralha d’aço”… Nos próximos da segunda maioria cavaquista dos loureiros, foi nele que nos apoiámos para que não acontecesse o que a este socratinismo também rejeitámos… Urge que o PS se liberte de J’s e Yuppies sem filosofia e filiação que condenaram os nossos netos a viver no endividamento, por pouco não nos tornaram num estado democrátimente ditatorial e arriscaram ficar, mais uma vez, ao nível para onde o "vitinho", em já esquecidas eleições, os tinha atirado!
Precisamos da “bengala”! Não a estraguem!