"Os sociais-democratas madeirenses pretendem que haja um esclarecimento de que, em matéria de regimes políticos, 'a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de direita, caso do fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional em vigor, como igualmente de esquerda, caso do comunismo', refere o documento a que o DN teve acesso." DN
Edgar Silva, coordenador regional do PCP na Madeira, desvalorizou hoje a proposta de extinção do comunismo no projecto de revisão constitucional do PSD/M, considerando ser igual à apresentada em 2003/2004 e que terá o mesmo destino, o "caixote do lixo". DN
João Tiago, aporta-voz do PS, considera "inaceitável" o "silêncio" da direcção do PSD sobre a ideia do líder do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, de pretender ilegalizar o comunismo no âmbito de uma revisão constitucional. DN
Alberto João Jardim disse que defende que a Constituição não devia proibir ideologias, mas como isso acontece, considerou que a legislação deve ser mais explicita, proibindo antes «qualquer ideologia totalitária». TSF
Jerónimo de Sousa considerou, em declarações à RTP, que se tratam de uma «expressão antidemocrática», que tenta «ressuscitar conceitos e princípios que o 25 de Abril arrasou definitivamente». TSF
Augusto Santos Silva considerou hoje "absolutamente condenável" que o PSD se recuse a pronunciar-se sobre a ideia de Alberto João Jardim de proibir o comunismo, alegando que não poder haver ambiguidades em defesa do pluralismo. Publico
Na União Europeia os partidos comunistas:
na Estónia, na Letónia e na Lituânia são proibidos;
na Hungria é proibido usar publicamente símbolos comunistas;
na Bulgária, um partido comunista tentou registar-se, mas as autoridades e os tribunais recusaram registar este partido e
na Roménia há leis que proíbem a difusão de propaganda comunista.
Curiosamente, ou talvez não, estiveram todos debaixo de regimes comunistas.
Mas por tudo quanto devemos ao nosso PCP, no passado remoto, e ao "nosso" Bloco de Esquerda, no presente próximo, deixem-nos constitucionalmente sossegados! A esquerda chique e a esquerda plebeia (segundo Pinto de Sousa) são importantes, nem que seja apenas para malharem naquela pseudo esquerda neo-liberal envergonhada...