Uma enorme controvérsia gerou-se na reunião da Comissão de Inquérito face ao esboço do Relatório Final redigido pela deputada do PS, Sónia Sanfona.
Os deputados do PSD, CDU, BE e CDS/PP apontaram omissões e gralhas no relatório, para além de graves falhas na estrutura do documento.
Pedro Mota Soares, que representou o CDS-PP na reunião devido à ausência de Nuno Melo, criticou o esboço, nomeadamente a ausência de «factos muito relevantes que foram aprovados na comissão» relativos a matéria de supervisão e admitiu que o CDS-PP poderia apresentar um relatório alternativo se o documento «não vier a ser alterado».
João Semedo, do Bloco de Esquerda, relevou que faltam documentos ao relatório que o tornam «insuficiente e unilateral» e a discorda da forma como as diferentes conclusões dos grupos parlamentares serão apresentadas no relatório.
Hugo Velosa, do PSD, afirmou que irá apresentar «questões quanto ao conteúdo» e que tem de ser apresentado no relatório os documentos do Banco de Portugal, relevando que é necessário para «saber com que fundamento foi decidida a nacionalização» do BPN.
Honório Novo não esteve presente na reunião da comissão, optando por enviar por escrito o seu contributo para o relatório final, onde pede a inclusão da lista completa de todas as pessoas ouvidas, datas e se foram à porta fechada, a lista dos documentos entregues e dos que foram recusados, juntamente com uma posição da comissão relativamente a esta recusa. Também pretende que seja incluído um histórico sobre os acontecimentos relativos ao BPN e as referências às empresas do universo SLN que foram referidas na comissão e uma avaliação à questão da nacionalização e um levantamento das criticas realizadas, as pessoas que as fizeram e as soluções alternativas ao futuro do banco que foram argumentadas.Sónia Sanfona, explicou que o documento era apenas um «draft» e que pretendia «colher contributos de todos os deputados»... TSF