"Projecções longe dos resultados
Da indignação, o CDS passou aos actos. O partido de Paulo Portas vai apresentar um projecto de lei que impede a divulgação de sondagens durante a campanha eleitoral.
A realização de auditorias às empresas de sondagens pela Entidade Reguladora da Comunicação é outra das medidas previstas na iniciativa legistativa do CDS, que propõe ainda outras melhorias técnicas na elaboração deste tipo de estudos.
"As sondagens estão a desvirtuar o sistema democrático e político em Portugal", afirma Pedro Mota Soares, porta-voz da comissão política do CDS-PP. O deputado salienta que o melhor resultado que as sondagens pré-eleitorais deram ao CDS foi a eleição de um eurodeputado. E sustenta que isso prejudicou o partido.
Entre as sondagens pré-eleitorais (sem contar com os estudos à boca das urnas), divulgadas por cinco empresas, só uma (a da Marktest para a TSF e Diário Económico) apontou para uma vantagem do PSD, embora o PS tenha sido sobreavaliado. E no caso do CDS, foi a Eurosondagem que ficou mais próxima do valor obtido, mas mesmo assim longe do resultado final." lido no Público
Este artigo, que pude ser lido na integra no Público, deu origem aos sempre curiosos comentários dos “comentadores de artigos”. Alguns apóstolos que, ao torcerem a realidade, se tornam efectivamente perigosos para aquilo que nomeiam mas, porque sempre a viveram, nunca entenderam: O que é Liberdade!
Por razões que nem quero entender o diário em questão é dos mais assediados por apóstolos desta coisa que, á boa maneira socialista nacional, gostavam que fosse regime.
Mas passemos ao aumento de dias de proibição de divulgação de Estudos de Opinião durante a Campanha Eleitoral (porque um dia, o da chamada reflexão, já tem essa proibição).
Claro que não concordo com qualquer proibição de divulgação de estudos e opiniões, nem sequer aquela que os proíbe no dia anterior ao acto eleitoral, do mesmo modo que não aceito que se suprimam Xutos ou Rui Veloso…
Mais que proibir sondagens durante as campanhas teremos que regular o modo como são obtidos os dados e depois tratados os resultados.
Decerto caberá às universidades um importante papel nesta área e custa-me ter que dai excluir a Católica que efectivamente não tem conseguido prever e muito menos acertar rigorosamente nada. Basta ver, como exemplo, as sondagens que divulgou a 1 de Maio e a 4 de Junho…
Dificilmente acredito que empresas que efectuam Estudos de Opinião manipulem resultados. O problema é outro e está relacionado com a enorme falta de preparação que os portugueses têm nas coisas da matemática e da estatística.
Mas talvez uma qualquer ministra resolva o assunto com umas novas oportunidades para todos quantos nos tem enganado com os resultados que divulgam!