Corria o ano de 1983 quando em Dezembro tivemos umas Eleições Legislativas e disseram-nos que éramos apenas 7787603 eleitores. Era o tempo em que poucos sabiam o que era um computador e destes ainda menos tinham visto um. Por isso acreditámos.
O 1985 chegou e mais umas “legislativas” nos levaram às urnas (que raio de nome!) e descobrimos que tínhamos aumentado 241558 e já éramos uns 7578622 e até se faziam as sondagens que nos permitiam saber qual o resultado antes da contagem e podíamos ir dormir mais cedo.
O tempo correu e a Europa também era nossa, 1987 tinha chegado e foi-nos dada oportunidade de escolher os “nossos” representantes em Estrasburgo. Soubemos que podiam votar 7787603. Como é lei da vida muitos tinham morrido mas os “putos” de 18 anos deram um aumento de 208981. Um aumento interessante de mais 100000 “chavalos” por ano. Não foi mau!
Com as mudanças que a agora EU nos gosta sempre de presentear vem o ano da graça de 1989 e voltámos a ir às tais urnas. Passáramos a ser 8121564 e, em dois anos o incremento foi de 333961. Isto é que foi “produzir”: mais de 160000 por ano… e o ano de 71, é sabido, tinha maus programas de TV!
… entrámos em descanso de europeias! Foram 5 anos em que apenas olhamos para o nosso umbigo. E como castigo os “europeus” resolveram estragar as nossas “pontes” e mandaram que a 12 de Junho de 1994 avançássemos para as mesas de depósito de voto. A “bicha” foi de 8565822 eleitores. Isto é 444258 ou seja, menos de 90000 “maiores de 18” por ano. Aceitável! O ido de 75, foi politicamente activo e o verão muito quente. O tempo era pouco e o calor era muito para os “fazer”…
Depois, que bom, as excelências lá de Bruxelas deram-nos mais um sossego de cinco anitos. Tínhamos que pensar nas asneiras que no Terreiro do Paço se iam aprontando… mas o tempo passa depressa e no, dia de Sto. António, de 1999 veio mais urnas europeias. Foi notícia que seriamos 8681854. Apenas mais 116032! Alto! Menos de 25000 por ano! Maldita TV que passou a dar telenovelas e futebóis.
Bolas, isto estava a ficar mal e, anos mais tarde, uma ministra ainda nos iria chamar “velhos”.
O que é que os nossos irmãos das europas iriam pensar da nossa actividade?
Talvez por isso nos voltaram a dar oportunidade de nos mostrarmos em 2004. Ora Bem: passámos a ser 8821456 eleitores, ou seja, mais 139602 que cinco anos antes, isto é, 35000 por ano. Vergonha! Com este número como é que iríamos encher as Novas Oportunidades e a JP Sá Couto?
Ná! Vamos atacar outra vez! A Europa é vital! Os “tugas” têm que se habituar a sair da cama ao Domingo porque só lá estão para dormir…é visível que não a usam para outra coisa!
E assim chegámos ao “desastre do 7 de Junho deste ano das Crises (nacional e global) de 2009.
O dia amanheceu fresco e os poucos que não foram á praia tropegamente avançaram para botar o papelito na caixa… eram apenas os velhos da ministra, que os novos das Novas se estiveram “nas tintas”.
Mas afinal quantos éramos? Imagine-se 9684714 eleitores, escrevi bem: 9684714 (até parece um numero de telemóvel).
863258 (oitocentos e sessenta e três mil duzentos e cinquenta e oito) novos eleitores! Quase 180000 por ano!
Isto é que foi “froduzir”!
...o grave é que isto me parece um resultado obtido pelos novos das novas!