sábado, 30 de abril de 2011

apenas o Tridente e o Arpão para a maior Z E E da Europa

Pouco passava das 10 horas quando o submarino Arpão entrou na Base Naval do Alfeite. Ficámos agora com duas unidades daquilo que muitos chamam “a arma dos pobres”. Para um país que tem uma das fronteiras, a marítima, com a América do Norte é pouco.
Tinha razão o governo de António Guterres que pretendia quatro, porque as finanças não nos permitiam ter seis, já que havia 10 estádios de futebol para pagar.
Contudo isto de termos uma fronteira com a América não será fácil explicar àqueles, e são cada vez mais, que nunca olharam para um mapa do seu país quanto mais para um mapa do mundo. Sabem lá o que é o Luxemburgo ou quantos quilómetros quadrados tem a Dinamarca. Nem querem saber.
Perdida a consciência nacional e convencidos à regra marxista do “somos um pequeno país” temos vindo a acreditar que os “submarinos” que nos fazem falta são as auto-estradas em que, em viagem sem volta, nos deslocamos para o litoral ou a alta velocidade com bitola espanhola que nos leva à Europa em Badajoz ou traz os nossos irmãos a banhos. Nem sequer a estatística que revela comermos três vezes mais peixe que os parceiros continentais nos convence que temos que defender o peixe nosso de cada dia...
Adquirida a iliteracia necessária ficámos aptos a não entender que os subsídios às Empresas Públicas equivalem a cinco submarinos, a frota da Holanda, que o BPN equivale a dez submarinos, a frota da Itália e o TGV equivale a 15, a frota da Alemanha qualquer destes países, comparativamente, com ridículas extensões marítimas.. e ainda falta acrescentar os da desbunda das EP’s de Transportes.
Analfabetos funcionais ou especialistas em generalidades podemos falar politicamente correcto no gasto desnecessário e sermos escolhidos a dedo pelos pmj’s, para dissertar sobre defesa da ZEE de espaço maritimo nacional, convencidos que isso do “nobre povo” apenas serve para ser cantado no hino da selecção...