Os três actos eleitorais deste ano reabriram a polémica sobre a fidelidade das sondagens feitas em Portugal. Os responsáveis pelos principais centros do País garantem que o grau de exigência é grande, mas os partidos não estão convencidos - e pedem já a mudança da lei e das regras até às presidenciais. Um estudo da ERC aponta três prejudicados: CDS, PCP e PSD.
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Estão em causa matérias como a amostra, a distribuição dos indecisos, o cálculo da abstenção ou os métodos das entrevistas.
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Trinta e oito sondagens foram analisadas e abrangem eleições legislativas, autárquicas e regionais entre 2005 e 2008 e as europeias deste ano. Na avaliação do desempenho dos partidos nas sondagens em relação aos resultados eleitorais, o relatório conclui que
o CDS é subavaliado,
o PSD tende para subavaliação.
o PCP é ligeiramente subavaliado.
O PS tende para sobreavaliação enquanto
"Depois do último ciclo eleitoral, onde houve diferenças significativas entre as sondagens e os resultados, não é possível continuar neste estado", afirma o líder parlamentar do CDS, Luís Pedro Mota Soares.
"Concordamos com as alterações legislativas, mas mudar a lei não resolve o conjunto de problemas relativos às sondagens. A auto-regulação é um caminho e a ERC deve cumprir a sua função reguladora, o que não aconteceu nos últimos anos", alega Agostinho Branquinho, do PSD.
Projecções erradas condicionam as opções do eleitor e pesam nos cenários eleitorais", avalia Jorge Cordeiro, do secretariado do PCP.
O deputado João Serrano, do Partido Socialista. pede um compasso de espera: "Esperamos a tomada de posição do regulador."
...e os votantes que foram enganados pelos sondadeiros irão ser ouvidos?