no editorial do oficioso DN, “A responsabilidade da oposição”, podemos ler:
“As votações da última sexta-feira na Assembleia da República foram o primeiro momento decisivo da legislatura e deixaram marcas, também, nos partidos da oposição. Hoje mesmo, no DN, quatro ex-líderes do PSD - de diferentes facções e posicionamentos ideológicos - deixam um sério alerta a Manuela Ferreira Leite: que tenha cuidado, ponderação e racionalidade na forma como posiciona o partido face à minoria socialista. A questão para Marcelo, Santana, Machete e Menezes é simples: ao maior partido da oposição cabem responsabilidades particulares - que passam também por ser prudente no que respeita a votar coligações negativas na Assembleia.
É claro que nada disto significa que o PSD não possa juntar os seus votos aos do CDS, PCP e Bloco em matérias que considere essenciais e estruturantes para o País. A questão é outra: é que a avaliação desse voto deve ser feita com pés e cabeça, e não por mera demonstração de força da oposição. “ Opinião - DN
Claro que foi coincidência o presidente da FLAD, o pré-candidato á Presidência da Republica e os “eternos derrotados” aparecerem, a este propósito, a debitar conselhos. E ainda faltou o advogado, da maior sociedade deles.
Opiniões decerto respeitáveis mas longe da leitura que deviam ter feito ás propostas eleitorais dos partidos da agora Oposição. As propostas aprovadas deles constavam e, algumas, tinham sido objecto de discussão inútil na AR perante um governo surdo ou autista. Tinham, face á responsabilidade que têm perante os eleitores, que as apresentar. E ainda existem mais algumas outras coincidências.
De resto o PPD/PSD apresentou a sua proposta eleitoral, acordada com o PS, quanto á “questão dos professores” e não vi qualquer reclamação no DN.
Será que o mote para editoriais se rege pelos acordos prévios do partido do ainda governo com o(s) partidos da oposição?
Na realidade a questão é outra: a avaliação desse voto não deve ser feita com pés e cabeça, tem que ser feita com a cabeça e as mãos, numa urna de voto.
nota para aqueles que ainda não sabem: este é um governo minoritário...