...
Continuamos tristemente a ter que ver e ouvir economistas, politólogos e outras hárpias a mostrar o "crescimento" que o país e o mundo vão tendo. Real e estatisticamente estão correctos porque nos apresentam a história da uma galinha para dois, comida por apenas um!
Mas cada vez que nos debitam “boas novas” aparecem os novos e piores números do desemprego.
Desemprego que significa, além de fome previsível, uma quebra de dignidade humana que as subidas bolsistas da MotaCoelho não conseguem colmatar.
Desemprego que significa que os "consumidores" terão que deixar de consumir – todos aqueles que frequentam os super e os hiper decerto repararam como as prateleiras começaram a ter menos reposições… – e, a montante, os fornecedores deixar de produzir para fornecer.
Não será altura das pitonisas de serviço começarem a "pitonisar" os processos que nos poderão alterar o tecido produtivo, em vez de adivinharem que "temos que esperar pelo resto da Europa"?
Porra! Onde estão os portugueses que criaram os novos mundos do mundo?
Imagino o que teria acontecido se, na altura, existissem comentadeiros e órgãos de comunicação:
ainda hoje não sabíamos que havia mundo… para além do Bojador!