José Magalhães começou na Quadratura ainda na TSF.
Já na SIC Noticias foi substituído por Jorge Coelho e ontem substituiu Santos da Costa na Quadratura do Circulo.
Magalhães e Coelho usavam a suas próprias linguagens de comunicação, mais cultivada naquele, mais política neste.
Pensavam pela sua cabeça, tinham uma terminologia própria, o português era apurado e, no caso de Magalhães, até bonito. Coelho, homem de sorte, saiu antes de ser “apanhado” pelo cinzentismo que veio a surgir com o seu substituto Costa.
Ontem, José Magalhães, foi uma sombra de si próprio porque, na sua forma de discorrer, lhe foi difícil introduzir no discurso as palavras-chave a que as agências de publicidade governamental o obrigaram. Foi pouco claro, assaz confuso e nem sequer nos convenceu daquilo que certamente não o convence. Transformou em decepção o prazer que tive em escuta-lo ao longo de muitos anos, mesmo quando não concordava.
José Magalhães, que um dia quis deixar de ser partidariamente um robot, ontem nem sequer conseguiu ser um dos que "são mais iguais que outros”.
Foi triste ver um Homem, de raciocínio rápido e brilhante, abafado pela “tecnologia dos chavões”, a debitar as palavras das Novas Oportunidades do marketing politico, que ontem o transformaram em mais um nivelado ao nível baixo dos ainda seus pares.
...será que é, dos da minha geração, mais um a ser engolido pelo mediocratismo?