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Também se justificou: «Não quisemos falar antes porque gostamos de uma linguagem de rigor e de verdade. Mas não nos escondemos atrás dos números, que são um motivo de preocupação».
numa notável peça que merece ser divulgada, um JORNALISTA "á seria" comenta:
Morto por acaso
Não aceito que se noticie a morte de um pacato cidadão que se tinha deslocado a uma estação dos Correios como um mero acto ocasional. É infame que uma qualquer pessoa que frequente um serviço público já não saia de lá com vida, simplesmente porque a insegurança grassa em todo o país.Se a polícia não captar os homicidas nas próximas horas é grave. Gravíssimo, para uma sociedade que está quase a habituar-se a ver casos deste tipo a qualquer hora do dia.Delegações bancárias, gasolineiras, supermercados, ourivesarias, estações de correio e caixas de multibanco têm sido alvos fáceis para os criminosos. O ministro da Administração Interna continua a afirmar que está tudo controlado e que o Governo "está atento". Atento a quê? Será importante que fique atento ao que aconteceu ontem, no sentido de que o cidadão foi morto à queima-roupa porque os assaltantes teriam pensado que se tratava de um agente da polícia. Quer dizer, a partir de agora, todo o agente fardado passa a ser um alvo a bater sem apelo nem agravo?Quando é que o senhor ministro Rui Pereira decide chegar ao conselho de ministros e provar aos seus pares que o aumento da criminalidade deve-se essencialmente ao novo e absurdo Código Penal? Ainda vai a tempo de forçar a mudança do texto. Não se pode é atrasar muito, antes que o confundam ao entrar numa loja para comprar uma camisa de cor azul com um qualquer agente das suas polícias...
joão severino em http://pauparatodaaobra.blogspot.com/2009/03/morto-por-acaso.html#links