O termo crise tem, em latim, a mesma equivalência que o conceito “vento”. Indica um estádio de alternância, que no seu final se diferenciará do que costumava ser. Isto é, não existe possibilidade de retornar aos antigos padrões.
A crise é como uma revolução: nada ficará como antes!
É por isso assaz estranho estar a ver aqueles que não lhe previram a chegada e durante muito tempo negaram a sua existência, que agora nos comecem a dar soluções para dela sairmos.
Conheço as capacidades de camaleões e vira-casacas e pressinto que se começaram a preparar para nos dar a volta... e, no final da crise, manterem as benesses que agora detém!
Contudo a actual crise veio provar é que as previsões dos “jovens urbanos executivos” nem sequer consegue alcançar os mínimos da meteorologia: 15 dias. Lembro o que diziam alguns dos mais conceituados gurus da economia há apenas dois ou três meses e só posso compará-los a outra classe profissional: a dos astrólogos!
Nesta fase, por toda a Europa, e em especial no nosso país, uma nova geração deveria estar a preparar-se para substituir os yuppies que nos últimos anos nos comandaram, ou nos condicionaram.
Curiosamente os Estados Unidos, que pariram esta crise, são hoje os melhor preparados para o futuro: Uma nova geração surgiu na Presidência e, pouco a pouco, começa a despejar alguns entrincheirados do passado. É uma Geração Nova que não se distingue pela idade, mas porque tem as “mãos limpas” nos erros do passado!
A decisão do Congresso de taxar em 90% os proventos yuppies é um sinal que os americanos entenderam os sinais...
O que se passa na Europa, onde os “mesmos” continuam a não perceber o que se está a passar e, teimosamente, se agarram ás cadeiras de sempre, é sinal que a impossibilidade de retorno aos antigos padrões lhes vai surgir da pior maneira.
A ultima reunião dos chefes de governo é demonstrativa de que o exemplo americano ainda cá não chegou.
Triste!