A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) esclareceu hoje que distribuiu por engano pelas direcções regionais um documento "não validado" que aparentemente quantificava objectivos, mas que consistia apenas num ficheiro de trabalho com "resultados previsíveis".
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Para o CDS/PP, a notícia do Expresso "põe em causa as afirmações" de António Nunes e prova que este responsável "faltou descaradamente à verdade", quando negou inicialmente o documento, para depois dizer que era da Direcção Regional do Norte, quando na realidade saiu da sede.
O documento em causa prevê um total de 410 detenções, 25.420 processos por infracção, 1.30 suspensões de actividade, 1.40 processos crime e 12 mil contra-ordenações.
Num comunicado divulgado esta madrugada, a ASAE esclarece ter aprovado um quadro final que fixava os objectivos operacionais para as direcções regionais, "excluindo-se da informação os resultados previsíveis".
Mas "dado que se tratava de um ficheiro informático com várias páginas, foi enviado às Direcções Regionais não só o quadro aprovado pela Direcção, mas os outros ficheiros de trabalho não validados que tinham entretanto sido substituídos". Expresso 100508
antecedentes:
No final de Abril, o líder do CDS/PP, Paulo Portas, acusou a ASAE de "perverter" o seu funcionamento ao distribuir "objectivos quantificados" que cada inspector deve cumprir.
Segundo Paulo Portas, o CDS-PP teve acesso a um "documento oficial da ASAE distribuído dentro da Direcção Regional do Norte" daquela entidade, no qual estão quantificados os objectivos anuais para cada inspector.
De acordo com o documento, precisou Paulo Portas, cada inspector daquela direcção da ASAE "tem que detectar 124 infracções, levantar 61 processos de contra-ordenação, que vão terminar em coimas, abrir oito processos-crime e fechar ou suspender o funcionamento de pelo menos seis estabelecimentos".
"E até têm de, por instrução central, fazer, pelo menos, duas detenções de pessoas", acrescentou.
Naquela altura, reagindo às acusações de Paulo Portas, António Nunes afirmou desconhecer o documento citado pelo líder do CDS/PP e garantiu que não se revia nele e que "não houve orientações nesse sentido".
aguardemos as idas daquele senhor ás televisões e as multiplas entrevistas a jornais... para ficarmos a saber mais da trapalhada!