em Comentário, Luís Nunes EDITOR-EXECUTIVO ADJUNTO DO 24HORAS escreve:
Eu pertenço àquele género de pessoas que se sente verdadeiramente mal quando tem de incomodar alguém. Mas desde 1 de Janeiro tenho de o fazer todos os dias.
Chegar a um café só para comprar cigarros tornou-se um tormento.
É que agora é preciso pedir a um empregado atrás do balcão que “desbloqueie a máquina”. Percebo o alcance da coisa – tudo o que impeça que miúdos ganhem o vício é bom –, mas chateia-me a sério ter de obrigar o rapaz a interromper a importantíssima tarefa que tem em mãos, como tirar um galão bem tirado (é uma arte) ou embrulhar um folhado de salsicha.
O que me vale é que não sou o único. Muitas vezes passo o tempo de espera a trocar olhares solidários com outros companheiros dependentes do desbloqueador.
Nós, fumadores, somos mesmo um bicho cada vez mais raro... in Global sexta-feira 9demaiode 200
ps: Meu Caro Luís Nunes, experimente dizer, alto e em bom som, “Ó faz favor, dê ai um apertão ao Sócrates!” .
Aos poucos os empregados vão entendendo o sinal e, dia a dia, aumenta o nosso gozo ao ver cara dos outros clientes...
Claro que eu faço parte do restrito numero de cidadãos que não votaram no dito e não são funcionários públicos ou equiparados, por isso, ainda me posso dar ao luxo de poder dizer estas coisas... e se o ministro da cabecinha flutuante deixar, espero que durante muito tempo!